BRASÍLIA - Uma ação de fiscalização conjunta entre a Polícia Rodoviária Federal, Ibama e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apreendeu, nesta segunda-feira, 11, cerca de 20 mil litros de defensivos agrícolas e 600 quilos de agrotóxicos fraudados. Participou ainda da operação o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT).
Segundo o Mapa, o objetivo é fiscalizar propriedades rurais e atividades de aviação agrícola no uso de agrotóxicos. A força-tarefa focou em buscar operadores clandestinos, empresas que operam aeronaves sem registro no ministério. Caso as normas da aviação agrícola não sejam cumpridas, os operadores estão sujeitos a penalidades administrativas que englobam multas, suspensão ou cancelamento do registro da empresa, além de penas cível e criminal, em caso de crime ambiental.
O ministério declarou que emitiu 25 autos de infração sobre as atividades de aviação agrícola, além de outras autuações feitas pelo Indea-MT e Ibama, relacionadas às apreensões e às questões ambientais. Entre as equipes de fiscalização, participaram sete auditores fiscais federais agropecuários de várias unidades da Federação.
A entrada de agrotóxicos fraudados no País é um problema crônico, alimentado por um esquema criminoso organizado. No último domingo, 10, policiais federais e militares patrulhavam a região que margeia o rio Paraná, em Foz do Iguaçu/PR, quando identificaram uma movimentação de diversas pessoas em um dos portos clandestinos e resolveram realizar a abordagem no local.
Ao perceberem a aproximação policial, os indivíduos empreenderam fuga pela mata ciliar, abandonando cinco galões de cor azul contendo cerca de 100 litros de agrotóxicos, camuflados na mata para dificultar a localização pela força policial.
No dia 17 de março, uma equipe de policiais federais e militares abordou duas camionetes que seguiam por estradas vicinais na região de Guaíra, no Paraná. Após certo período de acompanhamento tático, os veículos foram alcançados e interceptados. Os motoristas fugiram na lavoura de milho. Ambas as caminhonetes estavam carregadas com agrotóxicos de origem paraguaia, com cerca de 1.800 quilos de produtos fraudados.