Uma operação intitulada Overlord foi deflagrada nesta segunda-feira (20) para combater atividades neonazistas em cinco estados, incluindo o Rio Grande do Sul. A ação teve como alvo um grupo suspeito de apologia ao nazismo e de planejar atos violentos. Além do RS, a operação ocorreu em Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Sergipe, resultando em oito mandados de busca e apreensão e na prisão em flagrante de duas pessoas.
Coordenada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a operação contou com o apoio de órgãos locais em cada estado, incluindo o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e o 12º BPM em Caxias do Sul. As investigações apontam que os alvos integram um grupo neonazista que promovia encontros e rituais de "batismo" para novos membros, com o objetivo de fortalecer sua ideologia de supremacia ariana. Em suas reuniões, o grupo exibia símbolos como a suástica e o Sol Negro, frequentemente associado ao ocultismo nazista.
Entre os suspeitos está um líder do grupo, envolvido em um homicídio de um jovem do movimento punk em 2011, em São Paulo, que teve motivação ideológica. Outro preso é um militar da ativa do Exército Brasileiro, cujo treinamento e conhecimento avançado em táticas de combate são considerados preocupantes devido à sua participação no grupo.
Durante as buscas, foram encontrados artefatos militares, facas e uniformes, incluindo um fardamento similar ao utilizado por soldados russos na guerra da Ucrânia, ampliando as preocupações com o nível de preparação e a potencial violência planejada pela organização.
