Os Ministérios Públicos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul realizam nesta terça-feira duas operações de combate a adulteração de leite. O foco da investigação são empresas de laticínios, resfriadoras e transportadoras, que teriam adulterado leite usado para consumo humano.
As operações Leite Adulterado I e II contam com a participação do Ministério Público, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Receita Estadual de Santa Catarina, sendo que a equipe gaúcha auxilia os trabalhos com base nas investigações realizadas pela Operação Leite Compen$ado.
Foram cumpridos 20 mandados de prisão e 11 de busca de apreensão em seis cidades catarinenses e uma gaúcha. Até agora, 14 pessoas foram presas, além das buscas nas indústrias, residências e propriedades rurais das sete cidades.
De acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Sul, na cidade de Vista Alegre foi cumprido um mandado de busca e apreensão na indústria de laticínios Mondaí.
As investigações, iniciadas em abril, apontaram que o leite era adulterado com ureia contendo formol para mascarar a adição de água ou outros produtos em território gaúcho, para depois ser enviado para a sede da empresa em Santa Catarina, de onde era distribuído para o Rio Grande do Sul e São Paulo.
As prisões ocorreram em indústrias localizadas nas cidades catarinenses de Xaxim e Mondaí. A empresa Laticínios Lajeado, localizada na cidade de Lajeado Grande é investigada pela compra de produtos químicos que eram usados na adulteração, sendo que uma empresa de fachada teria sido montada para esse objetivo.