O candidato pelo PT ao governo do Estado de São Paulo, Alexandre Padilha, cobrou, neste sábado, que o governador Geraldo Alckmin (PSDB), seu adversário na disputa eleitoral, explique as acusação de que a Secretaria de Saúde do Estado não tenha repassado a totalidade dos recursos federais destinados à Santa Casa de Misericórdia. A instituição vive uma crise financeira e fechou seu pronto-socorro na última terça-feira, por dívidas com fornecedores e falta de materiais hospitalares. Ele foi reaberto no dia seguinte, após o governo estadual anunciar uma a transferência de uma ajuda emergencial de R$ 3 milhões.
“O governador do Estado precisa ser transparente, precisa explicar por que segurou os recursos federais destinados à Santa Casa de São Paulo. É o Governo estadual o responsável pela suspensão dos atendimentos de urgência e emergência do hospital que prejudicou a população nesta semana”, afirmou Padilha.
O Ministério da Saúde e o gestor da Santa Casa, Kalil Rocha, acusam a Secretaria de Saúde do Estado de não ter repassado, neste ano e em 2013, o total de $ 74,7 milhões da verba federal que teria sido destinada à instituição.
O secretário de Saúde, David Uip, afirmou, quando a Santa Casa estava fechada, que as contas do hospital precisariam ser abertas, "a secretaria vai apenas checar se os valores estão batendo", disse ele.
“Assim como eu, o governador também é médico. Eu fico indignado como alguém, que um dia jurou ser médico, possa segurar os recursos da Santa Casa e obrigá-la a suspender o atendimento no pronto-socorro”, disse o candidato petista.
