Perícia aguarda engenheiro em obra que desabou e matou 9 em SP

Responsável pelo projeto deve comparecer ao local do acidente e terá de apresentar documentos sobre a construção

29 ago 2013 - 13h46
(atualizado às 13h47)

Membros do grupo de perícia de Engenharia do Instituto de Criminalística de São Paulo esperam ouvir na tarde desta quinta-feira o engenheiro responsável pela obra que desabou na última terça-feira em São Mateus, na zona oeste da capital paulista. O acidente deixou pelo menos nove mortos e 26 feridos. O operário Antonio Wellington Texeira de Silva segue desaparecido. Os bombeiros seguem as buscas no local da obra para encontrá-lo.

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De acordo com a perita Mônica Bernardi Urias, que esteve no local acompanhada por outro colega nesta manhã, as explicações do engenheiro serão importantes para que as causas do acidente possam ser identificadas. Além do seu testemunho, ele deverá apresentar todos os documentos referentes à obra, conforme explica a perita.

Segundo a prefeitura, a obra foi embargada e a construção não deveria ter continuado
Segundo a prefeitura, a obra foi embargada e a construção não deveria ter continuado
Foto: Bruno Santos / Terra

"Alguns documentos foram encontrados na própria obra e ele deverá prestar os esclarecimentos que se fizerem necessários. Ele se apresentou às autoridades que estão cuidando do caso e deverá colaborar conosco", disse.

Segundo a perita, os documentos são mais importantes do que o próprio testemunho dele: "Ele sabe o que estava acontecendo na obra, mas os documentos têm o registro mais preciso". Mônica afirma que o fato de os escombros já estarem sendo removidos prejudica um pouco o trabalho, mas se faz necessário por conta da presença de vítimas ainda não localizadas.

"Mesmo com a remoção, podemos fazer a análise de parte dos escombros em laboratório. Além disso, desde o princípio, toda a movimentação foi fotografada. A prioridade agora é encontrar as vítimas", afirmou. O registro de onde os corpos foram encontrados também é considerado essencial para o trabalho da perícia. "Com isso, podemos saber o que cada um estava fazendo no momento do acidente. É um trabalho complexo, mas teremos provas suficientes para chegar a uma conclusão", disse ela.

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Fonte: Terra
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