O congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, que foi espancado até a morte ao cobrar uma dívida de trabalho em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, sofreu traumatismo do tórax e contusão pulmonar, e teria agonizado por 10 minutos antes de morrer, segundo o perito Nelson Massini.
Em entrevista ao jornal Extra!, o profissional fez uma análise do caso com o que foi registrado pela câmera de segurança do quiosque Tropicália: "O laudo e o vídeo demonstram que trata-se de uma vítima fatal de espancamento, com vários hematomas pelo corpo, e com uma repercussão grave das agressões no pulmão, o que causou uma hemorragia. Nesses casos, a aspiração do sangue leva a dificuldade respiratória, como em uma asfixia, e a morte não se dá de maneira imediata. Estima-se em dez minutos o tempo de sofrimento respiratório que o fez agonizar antes de morrer".
Na noite do dia de 24 de janeiro, o congolês de 24 anos foi agradido por quatro homens. Moïse chegou a ter as mãos e os pés amarrados por um fio. Ele foi agredido com um pedaço de pau, além de chutes e socos.
Segundo o jornal O Globo, o laudo de exame de necropsia no IML (Instituto Médico Legal) apontou equimoses no tronco e nos braços, e escoriações pelo corpo.
Na última terça-feira, a Polícia Civil do Rio prendeu três suspeitos do crime. O delegado Henrique Damasceno, responsável pelas investigações na Delegacia de Homicídios na Barra da Tijuca, não confirmou os nomes dos três homens. Segundo o policial, eles vão ser indiciados por homicídio duplamente qualificado, por impossibilitar a defesa da vítima e por uso de meio cruel.