PF divulga imagens de André do Rap com possíveis disfarces

Traficante é considerado foragido desde outubro quando o STF reverteu a decisão que concedeu ao homem um habeas corpus. Projeções têm como objetivo apresentar aparências hipotéticas de um indivíduo procurado

10 dez 2020 - 18h20
(atualizado às 18h45)

A Polícia Federal (PF) divulgou nesta semana 11 imagens com possíveis disfarces de André Oliveira Macedo, o André do Rap, que é acusado de comandar esquema internacional de tráfico de drogas e que foi solto após obter um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF).

Foto: Reprodução

O traficante, que estava preso desde setembro de 2019, está foragido desde outubro deste ano após seu habeas corpus ter sido suspenso pelo presidente do STF, Luiz Fux. Apesar da suspensão da decisão, o homem forte do Primeiro Comando da Capital (PCC) já havia deixado a Penitenciária de Presidente Venceslau e, desde então, está foragido e é buscado pela Polícia Civil de São Paulo e pela Polícia Federal (PF).

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A projeção de disfarces realizada pela PF tem como objetivo apresentar aparências hipotéticas de um indivíduo procurado, para facilitar o seu reconhecimento no caso de alterações estéticas provenientes de modificações faciais ou mesmo da utilização de acessórios, como bonés, óculos e outros.

Além disso, desde outubro deste ano seu nome, fotos e dados foram compartilhados com a Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). Como é um dos criminosos mais procurados do mundo, não é descartado que André do Rap possa ter deixado o País em busca de refúgio. De acordo com Ministério Público de São Paulo (MP-SP), o traficante pode ter deixado a prisão, viajado até Maringá, no Estado do Paraná, e embarcado para algum país que faz fronteira com o Brasil.

André teve a prisão temporária decretada em abril de 2014, junto com outros dez suspeitos, após a deflagração das Operações Hulk e Overseas pela Polícia Federal. Ele foi preso em 15 de setembro de 2019, após passar cinco anos foragido. À época, ele foi encontrado pela polícia em uma mansão em Angra dos Reis, na Costa Verde fluminense.

O acusado é suspeito de ostentar um patrimônio de R$ 17 milhões, segundo a polícia, e se apresentava como agente de artistas e jogadores de futebol para disfarçar o dinheiro do tráfico de drogas.

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Entre as suas atribuições, ele articularia negócios entre o PCC e criminosos estrangeiros - incluindo a 'Ndrangheta, grupo mafioso da Calábria, no sul da Itália, que recepcionava a droga para redistribuir na Europa.

Durante seu tempo foragido, entre 2014 e 2019, o traficante levava uma vida de luxo e conforto: promovia festas, vivia em mansões e viajava de helicóptero para participar de reuniões de negócio.

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