Plataforma registra 70 tiroteios durante carnaval no Rio

O laboratório de dados Fogo Cruzado apontou que 12 pessoas morreram e 11 ficaram feridas

6 mar 2019 - 17h18

O laboratório de dados sobre violência armada da plataforma digital Fogo Cruzado registrou 70 tiroteios na região metropolitana do Rio durante o período de carnaval. Em consequência da troca de tiros, 23 pessoas foram baleadas, 12 morreram e 11 ficaram feridas.

O número de tiroteios registrado este ano representa um aumento de 15% em relação ao carnaval de 2018, que teve 61 registros com 30 pessoas baleadas - 18 feridos e 12 mortos.

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Morro do Fallet, na Zona Norte do Rio de Janeiro
Morro do Fallet, na Zona Norte do Rio de Janeiro
Foto: Márcio Mercadante / Agência O Dia / Estadão Conteúdo

De acordo com o relatório, das 18h do dia 1º de março às 12h de hoje (6) houve uma média de 12 tiros por dia. Os bairros com o maior número de registros foram Complexo do Alemão (5), e o bairro Colégio, na zona norte, com 4 troca de tiros e Bangu, na zona oeste, com o registro de 3 tiroteios. O número de vítimas de bala perdida neste carnaval chama a atenção: 5 pessoas foram atingidas, sendo que 4 morreram.

Desde o início de 2019, o Fogo Cruzado já registrou 45 vítimas de bala perdida na região do Grande Rio. Destas, 14 morreram.

Plataforma digital

O Fogo Cruzado é um laboratório sobre violência armada que agrega e disponibiliza informações através de um aplicativo para tecnologia mobile combinado a um banco de dados. Uma plataforma digital colaborativa que tem o objetivo de registrar a incidência de tiroteios e a prevalência de violência armada na região metropolitana do Rio de Janeiro e do Recife.

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Alertas são dados em tempo real para usuários que estiverem em um raio de 4 quilômetros da incidência de um tiro, baseado em seu GPS. A ferramenta também agrega informações - somadas a notícias veiculadas na imprensa e por órgãos policiais - em um banco de dados com geolocalização, horários das incidências, mortos e feridos em cada ocasião, bem como o registro da presença de agentes públicos de segurança no local da ocorrência, desde julho de 2016.

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Agência Brasil
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