PM abre ação disciplinar contra soldado após sumiço de orquídea de batalhão em SP

Homem alega que apenas mudou a planta de local para fazer a manutenção do quartel

28 dez 2023 - 23h02
(atualizado em 30/12/2023 às 16h46)
PM abre ação disciplinar contra soldado após sumiço de orquídea de batalhão em SP
PM abre ação disciplinar contra soldado após sumiço de orquídea de batalhão em SP
Foto: Reprodução/Instagram

A Polícia Militar de São Paulo abriu um procedimento por suspeita de peculato (quando um funcionário público toma posse de algo que pertence à administração pública) contra um soldado chamado Paulo Rogério da Costa Coutinho. O motivo seria o sumiço de uma orquídea do jardim do quartel, onde o militar trabalhava na capital. 

Ao jornal Folha de S.Paulo, o advogado do militar, Thiago de Oliveira Lacerda, afirmou que o PM "fazia a manutenção do quartel e apenas mudou a planta de local", negando o furto. Porém, para os superiores do soldado, o desaparecimento da flor, mesmo que momentâneo, pode ser considerado uma transgressão disciplinar de natureza grave, caracterizada como desonrosa e ofensiva ao decoro profissional e atentatória ao Estado. Com a ação, o soldado pode ser até expulso da corporação. 

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O suposto crime aconteceu na tarde de 23 de fevereiro de 2022, durante a manutenção das instalações do 9º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, localizado na região do Carandiru, na zona norte da cidade. Segundo trecho do Inquérito Policial Militar (IPM), que o jornal teve acesso, o soldado subtraiu uma orquídea do jardim do batalhão e a escondeu no alojamento de soldados e cabos para que não fosse localizada. 

Depois, teria movido a flor do dormitório para o refeitório, onde a planta foi encontrada por um sargento, escondida atrás de um extintor de incêndio. De acordo com o documento, toda a ação foi flagrada por câmeras de monitoramento. 

O sumiço de tal planta do jardim teria sido notado pelo tenente-coronel Carlos Eduardo Banhos Ignácio, comandante do batalhão à época, e por uma capitã que o acompanhava na ocasião. Segundo outro trecho da denúncia, antes da localização, Ignácio chegou a questionar o soldado sobre o paradeiro da orquídea, mas Coutinho teria permanecido em silêncio.

Em nota, a Polícia Militar informou que os processos avaliam a incapacidade moral do soldado a permanecer de forma ativa na corporação, porém, os fatos ainda estão sendo apurados pela Justiça Militar. 

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“O Conselho de Disciplina destina-se a declarar a incapacidade moral da praça para permanecer no serviço ativo da Polícia Militar. Cabe ainda esclarecer que os fatos que ensejaram a instauração dos citados Conselhos também estão sendo apurados pela Justiça Militar Estadual", escreveu a corporação. 

A PM reafirmou ainda seu compromisso com a justiça, agindo de forma transparente e responsável em seus processos internos, sempre garantindo o respeito aos direitos daqueles que estão sob investigação ou acusação. 

Fonte: Redação Terra
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