Um policial militar de 31 anos e um empresário de 42 anos são investigados por suspeita de torturar e ameaçar moradores, em Itanhaém (SP), enquanto se passavam por policiais civis. Ambos afirmaram às autoridades que agiram assim para obter informações a respeito de um furto.
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Ao Terra, a Polícia Civil informou que o caso ocorreu entre os dias 18 e 19 de outubro, na Rua dos Jaras, no bairro Jamaica. Os dois teriam intimidado, ameaçado, torturado e agredido três pessoas, passando-se por policiais civis. Somente uma delas registrou o boletim de ocorrência, pois teve o rosto deformado pelas agressões. Diante da denúncia, a equipe da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) passou a investigar o caso.
Os policiais descobriram que os dois eram de Suzano, na região metropolitana de São Paulo, sendo um deles um policial militar lotado no 32º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPMM). Já o segundo é empresário e corretor de imóveis, que é também Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), e tem uma casa de veraneio em Itanhaém.
Com as informações levantadas pela equipe de investigação, foi expedido um mandado de busca e apreensão em seis endereços. Foram apreendidos uma pistola e um revólver, supostamente usados no crime, além de munições e celulares. Na casa do PM também foram localizadas quatro porções de cocaína, que ele alegou ser de uso pessoal.
Roupas usadas na ação também foram apreendidas e são semelhantes à que os suspeitos aparecem vestindo no dia do crime. Segundo a Polícia Civil, o militar teria confessado, informalmente, que agrediu uma vítima na cidade do litoral paulista.
A motivação do crime seria a tentativa de solucionar um suposto furto que ocorreu na casa de veraneio do empresário, no bairro Gaivotas. Para conseguir as informações, a dupla agrediu, espancou e ameaçou moradores da região, além de darem tiros para o alto para reforçar a intimidação.
“Não contentes com isso, os autores passaram a adentrar em estabelecimentos comerciais, consumindo bebidas e saindo sem pagar, alegando que eram policiais civis. Em tempo, o delito foi esclarecido e apurou-se que não há nenhum tipo de participação de policiais civis”, diz a nota da PC. O caso segue em apuração e as autoridades tentam localizar as outras vítimas.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou ao Terra que o caso é investigado por meio de inquérito policial instaurado na Delegacia de Investigações Gerais de Itanhaém (DIG) sob sigilo. A autoridade policial identificou dois homens envolvidos no caso e prossegue com as apurações para o esclarecimento dos fatos.