Um policial militar matou a esposa grávida e, em seguida, invadiu um batalhão da PM no Recife (PE), onde atirou contra colegas de farda. Um tenente da corporação morreu durante o ataque. O crime ocorreu na manhã desta terça-feira, 20, e o PM responsável pelos disparos se matou em seguida.
Segundo a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco informou ao Terra, o soldado que cometeu os crimes foi identificado como Guilherme Barros. Ele atirou na esposa, Claudia Gleice da Silva, de 33 anos, que chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos, assim como o bebê que esperava.
Em seguida, Barros dirigiu-se à sede do batalhão, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife. No local, o PM atirou contra a major Aline Maria, o tenente Wagner Souza --que morreu no local--, o sargento Maurino Uchoa e o cabo Paulo Rebelo. Logo depois, conforme as informações iniciais, o soldado teria cometido suicídio.
Segundo a Secretaria de Defesa Social, foi feito o socorro das vítimas e acionados todos os meios para o atendimento da ocorrência, incluindo a Diretoria de Assistência Social da PMPE, para o apoio aos familiares; a Diretoria de Polícia Judiciária Militar, por se tratar de crime tipicamente militar; o Instituto de Criminalística, para os devidos trabalhos periciais; e equipes de saúde para o acompanhamento dos procedimentos nos policiais feridos.
Ainda de acordo com a pasta, a major Aline passou por cirurgia e foi encaminhada para a UTI. O sargento foi atendido e recebeu alta médica, enquanto o cabo, ferido no ombro, encontra-se internado para avaliação médica.
Todos os fatos ocorridos na sede do 19º BPM serão apurados através de Inquérito Policial Militar, enquanto a morte da esposa do soldado Guilherme será investigada pela 14ª Delegacia de Polícia de Homicídios.
A Polícia Civil de Pernambuco registrou a ocorrência como feminicídio e aborto provocado, já que Claudia Gleice da Silva estava grávida. O crime ocorreu na residência da vítima, no município do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife.
A Secretaria de Defesa Social destaca que mais informações serão repassadas apenas com a conclusão das investigações.