Policias militares prenderam um procurado da Justiça em Guarujá, no litoral de São Paulo, nesta sexta-feira, 18. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), além de ter passagens criminais, o homem também aparece exibindo um fuzil em um vídeo que viralizou na internet em junho deste ano.
O criminoso, conhecido como "Jeffinho", foi preso na Vila Baiana durante a Operação Escudo. Segundo a Polícia Civil, com ele foram apreendidas duas pistolas, 10 aparelhos de telefone celular e porções de drogas.
"Em um vídeo que viralizou na internet em junho, "Jeffinho" aparece exibindo um fuzil em plena luz do dia, junto com outros comparsas armados, na Rua Argentina, também na Vila Baiana", informou a SSP.
No vídeo que circulou nas redes sociais, o rapaz que filma os criminosos chegando com as armas diz: "Se liga, os parceiros. Pesadão! Falou que pode embicar, Choque. Olha esse time vindo aí, se liga mano".
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, o criminoso preso tem passagens por homicídio, porte ilegal de arma, tráfico de drogas, receptação e desobediência. Ele estava foragido desde 2021, quando deixou a prisão em uma saidinha temporária e não retornou ao sistema prisional.
O Terra não localizou a defesa do homem até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.
Operação Escudo
A operação policial foi iniciada pelo governador Tarcísio de Freitas no último dia 28, em resposta ao assassinato do soldado Patrick Bastos dos Reis, da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). A ação já resultou em ao menos 18 mortes e é a mais letal do Estado desde 2006.
A Secretaria de Segurança Pública alega que todas as mortes ocorreram em confronto com policiais militares, no entanto, há muitas denúncias que relatam violência policial e execuções dentro das comunidades.
Um dos casos é o de Filipe do Nascimento, de 22 anos, que trabalhava em uma barraca de praia em Guarujá. Ele foi morto por policiais da Rota no bairro Morrinhos quando saía de casa para ir ao mercado, conforme conta sua esposa. O chefe do jovem fez uma postagem nas redes sociais comprovando o vínculo empregatício do rapaz, destacando sua honestidade e lamentando a morte dele.
A família de Filipe não foi permitida de ver o corpo nem ao menos para fazer o reconhecimento, assim como teve que fazer o velório com o caixão fechado, segundo reportagem do Profissão Repórter.
