O policial militar que matou acidentalmente o empresário Denis Roberto Picoli Ramos, genro do ex-médico Roger Abdelmassih, teria agido corretamente ao tentar impedir o assalto, analisa a delegada Ivalda Aleixo.
"Ele presenciou que o roubo ia acontecer. Ele entendeu que ele poderia interferir e evitar aquele roubo. Então, ele agiu corretamente porque nós somos policiais 24 horas, né?", considera a agente. Ela acrescenta que há previsão legal para a atitude tomada pelo PM e lamentou o desfecho da história.
"A ação dele é legal, é lícita, quando ele está impedindo um assalto, quando ele tenta impedir aquela agressão que supostamente a vítima estava sofrendo. A ação dele, óbvio, que a gente vai apurar, mas em um primeiro momento, ele agiu de uma forma até a mais do que se esperava de um policial que vai enfrentar três assaltantes sozinho", diz.
Ivalda explica que havia três assaltantes no local, de acordo com imagens dos arredores e depoimento do policial. Ao se deparar com o assalto, o agente teria se identificado como policial, fazendo com que os assaltantes dispassem contra ele.
"Foram quatro tiros. Ele revida, acerta dois dos assaltantes e verifica o que está acontecendo lá dentro", afirma Ivalda, que considera que não houve tempo hábil para que o PM pensasse na melhor forma de agir.
Depois de já ter acertado dois dos suspeitos, o policial vê um homem deitado no chão sendo agredido por um outro de capacete. Ele acredita que o que está deitado seria a vítima do assalto e atira no agressor, que, na verdade, se tratava de Denis.
O PM foi indiciado por homicídio culposo, no caso da morte de Denis. Com relação aos dois assaltantes mortos, o caso foi registrado como recorrentes de intervenção policial. A policial foi entrevistada pelo programa Uol News.