A Associação dos Oficiais da Polícia Militar dos Distrito Federal (Asof) rebateu neste sábado a declaração do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que culpou a corporação pelo tumulto no protesto do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na última quarta-feira, em Brasília. Segundo o ministro, um “erro de informação” da PM desencadeou o confronto, que deixou mais de 40 pessoas feridas, sendo 30 policiais.
Na nota, os oficiais afirmam que a PM “tem a missão de proteger o cidadão e o patrimônio público, garantindo a lei e a ordem”. “Na última quarta-feira (12/02), quando o confronto ocorreu, os procedimentos para garantir a segurança foram os mesmos que são adotados sempre em eventos desta ordem e o objetivo dos Policiais Militares foi, inclusive, o de proteger o Palácio do Planalto, local onde o ministro trabalha, garantindo a sua própria segurança.”
Segundo a associação, as declarações de Carvalho causam “estranheza”. “Quando falta polícia, todos reclamam. Quando a polícia está no local para garantir a ordem pública, conforme prevê a Constituição, é acusada de atrapalhar. Afinal, qual a atitude que a Polícia deve tomar? Deixar de cumprir a lei e permitir que a segurança do cidadão seja comprometida? Deixar que o patrimônio público seja dilapidado?”, questiona a Asof.
No dia do protesto, cerca de 15 mil pessoas ligadas ao MST se reuniram na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio da Alvorada. Alguns integrantes do movimento derrubaram as grades laterais do Congresso e avançaram em direção ao prédio. Parte dos manifestantes chegou a jogar pedaços de pau e pedras nos policiais, que revidaram com bombas de efeito moral. O MST, que completa 30 anos em 2014, esteve em Brasília, para, entre outras pautas, levar ao governo federal uma lista de reivindicações sobre políticas de reforma agrária.
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Policiais usam armas taser contra manifestantes durante protesto do MST
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom
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Policiais tentam afastar integrantes do MST com spray de pimenta
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom
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Uma manifestação com cerca de 20 mil pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) acabou em confronto com a Polícia Militar na tarde desta quarta-feira em Brasília
Foto: Diogo Alcântara
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O protesto ocorreu na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto
Foto: Diogo Alcântara
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Parte dos manifestantes chegou a jogar pedaços de pau nos policiais, que revidaram com bombas de efeito moral
Foto: Diogo Alcântara
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O MST, que completa 30 anos em 2014, está em Brasília, para, entre outras pautas, levar ao governo federal uma lista de reivindicações sobre políticas de reforma agrária
Foto: Diogo Alcântara
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Os sem-terra participam, até sexta-feira (14), do 6° Congresso Nacional do MST que marca os 30 anos de criação do movimento
Foto: Marcelo Camargo
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Os manifestantes entregaram ao ministro da Educação, José Henrique Paim, carta em que pedem a abertura de mais escolas no campo, melhor transporte escolar e merenda para os alunos, entre outras demandas
Foto: Marcelo Camargo
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De acordo com Paim, o Ministério da Educação vai solicitar ao Senado que aprove, o mais rapidamente possível, a lei que impõe como condição para o fechamento das escolas a consulta à comunidade
Foto: Marcelo Camargo
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Crianças do MST protestam contra fechamento de escolas no campo
Foto: Marcelo Camargo
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No manifesto, que foi feito pelas crianças do movimento e entregue ao ministro da Educação, os sem-terra também pedem atividades extracurriculares e cursos de informática, além da construção de piscinas e quadras esportivas nas escolas no campo
Foto: Marcelo Camargo
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O principal objetivo do evento é discutir e fazer um balanço da atual situação do movimento, traçar novas formas de luta pela terra, reforma agrária e transformações sociais
Foto: Marcelo Camargo
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Crianças do MST exigem melhor educação durante protesto em Brasília
Foto: Marcelo Camargo
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As crianças, filhos de militantes, se instalaram na entrada principal do prédio do MEC, e desdobraram cartazes com críticas ao governo pela precariedade do ensino e pelo fechamento de escolas nas regiões rurais
Foto: Marcelo Camargo
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Os ativistas do Movimento dos Sem Terra (MST) estavam acompanhados por 750 crianças