PM rebate fala de ministro sobre culpa por tumulto em ato do MST no DF

15 fev 2014 - 17h12
(atualizado às 17h14)
<p>No dia do protesto, cerca de 15 mil pessoas ligadas ao MST se reuniram na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio da Alvorada</p>
No dia do protesto, cerca de 15 mil pessoas ligadas ao MST se reuniram na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio da Alvorada
Foto: Diogo Alcântara / Terra

A Associação dos Oficiais da Polícia Militar dos Distrito Federal (Asof) rebateu neste sábado a declaração do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que culpou a corporação pelo tumulto no protesto do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na última quarta-feira, em Brasília. Segundo o ministro, um “erro de informação” da PM desencadeou o confronto, que deixou mais de 40 pessoas feridas, sendo 30 policiais.

Na nota, os oficiais afirmam que a PM “tem a missão de proteger o cidadão e o patrimônio público, garantindo a lei e a ordem”. “Na última quarta-feira (12/02), quando o confronto ocorreu, os procedimentos para garantir a segurança foram os mesmos que são adotados sempre em eventos desta ordem e o objetivo dos Policiais Militares foi, inclusive, o de proteger o Palácio do Planalto, local onde o ministro trabalha, garantindo a sua própria segurança.”

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Segundo a associação, as declarações de Carvalho causam “estranheza”. “Quando falta polícia, todos reclamam. Quando a polícia está no local para garantir a ordem pública, conforme prevê a Constituição, é acusada de atrapalhar. Afinal, qual a atitude que a Polícia deve tomar? Deixar de cumprir a lei e permitir que a segurança do cidadão seja comprometida? Deixar que o patrimônio público seja dilapidado?”, questiona a Asof.

No dia do protesto, cerca de 15 mil pessoas ligadas ao MST se reuniram na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio da Alvorada. Alguns integrantes do movimento derrubaram as grades laterais do Congresso e avançaram em direção ao prédio. Parte dos manifestantes chegou a jogar pedaços de pau e pedras nos policiais, que revidaram com bombas de efeito moral. O MST, que completa 30 anos em 2014, esteve em Brasília, para, entre outras pautas, levar ao governo federal uma lista de reivindicações sobre políticas de reforma agrária. 

Fonte: Terra
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