A confusão do último sábado envolvendo um grupo de jovens que havia organizado um ‘rolezinho’ no shopping Itaquera, na zona leste de São Paulo, e a Polícia Militar, repercutiu ao longo de todo o final de semana, e ainda dividia opiniões na manhã desta segunda-feira pelas redes sociais.
O encontro de mais de 1 mil pessoas no shopping terminou com o uso de bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral, além de balas de borracha, pela PM, que foi acionada para conter os jovens. Apesar do tumulto, a assessoria do shopping informou que não houve registro de furto ou roubo.
Os ‘rolezinhos’, grandes encontros organizados geralmente por jovens da periferia em shoppings, já causaram transtornos a frequentadores de shoppings como o JK e o Iguatemi. Parte da população se mostrou indignada e pediu a intervenção policial para conter os atos.
" ‘Rolezinho’ é o novo nome de arrastão, pau nestes vagabundos. Estão combinando roubos e assaltos pelas redes”, escreveu um internauta. “’Rolezinho’, ‘pancadão’, etc... Pra mim é tudo coisa de ‘zé povinho’ mesmo, os políticos não prestam porque o povo é mais imprestável ainda”, disse outro. “’Rolezinho’ no shopping vocês querem, agora, ‘rolezinho’ na escola... Por isso que o Brasil não vai pra frente”, concluiu um terceiro internauta.
E aí classe média? Partiu rolézinho na firma?
— MrManson / Wagner (@mrmanson)
January 13, 2014
Por outro lado, há quem avalie a questão como um exemplo de como se dá a segregação entre classes sociais. “Para a elite existe um muro branco que separa (da) periferia, (por) condição social e cor de pele. Imagine Neymar disfarçado no grupo ‘rolezinho’”, postou um internauta no Twitter. “Classe média: chorou pelo Mandela mas acha certo a polícia atacar os pobres que estão indo de ‘rolezinho’ no seu shopping favorito”, definiu outro.
Pobre é rolezinho, rico é flash mob
— gutz (@gutz)
January 13, 2014
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