Na última quinta-feira (19), a Polícia Civil realizou a operação "Desvio de Rota" em Erechim, visando combater um esquema criminoso que ameaçava e extorquia motoristas de aplicativos e até o proprietário de uma empresa gestora da plataforma na cidade. A ação foi conduzida pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) de Erechim, com apoio da 2ª Delegacia de Polícia (DP) do município.
Extorsões e ameaças sistemáticas
Segundo as investigações, que duraram cinco meses sob coordenação do delegado Marino Franceschi, os motoristas eram forçados a pagar R$ 200 por semana e por veículo para poderem trabalhar. Quem não efetuasse o pagamento sofria ameaças de morte, além de represálias contra familiares.
Em um caso registrado, criminosos solicitaram uma corrida via aplicativo, renderam o motorista com armas de fogo e, após saírem do veículo, dispararam contra os pneus do carro. Toda a ação foi gravada e compartilhada nas redes sociais, como forma de intimidar outros trabalhadores e reforçar as exigências financeiras.
Prisões e apreensões
A operação resultou no cumprimento de três prisões preventivas, duas em Erechim e uma em Charqueadas, além de três mandados de busca e apreensão. Entre os detidos estão os dois homens que efetuaram os disparos e o mandante dos crimes, que coordenava as ações de dentro de uma unidade prisional.
Declarações das autoridades
O delegado Gustavo Ceccon, titular da 11ª Delegacia de Polícia Regional do Interior (DPRI), destacou a resposta firme contra esse tipo de crime:
"Não admitiremos essas extorsões e ameaças contra serviços, empresas ou trabalhadores. Quem se aventurar nesse tipo de prática será identificado e punido exemplarmente."
Com as prisões e a desarticulação do grupo, a operação reforça a segurança dos motoristas e a proteção do serviço de transporte por aplicativo na região.