A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou, nesta quinta-feira, uma operação para combater o golpe do bilhete premiado, que causou prejuízo de R$ 35 mil a um idoso de Canoas. A ação incluiu buscas em Caxias do Sul, Passo Fundo e Balneário Arroio do Silva (SC), resultando na prisão de cinco suspeitos.
Investigação e destino do dinheiro
Conduzida pela 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, a investigação apontou que os criminosos dispersaram o valor obtido da vítima em diversas contas bancárias. Parte dos recursos foi utilizada para adquirir dólares em casas de câmbio, enquanto outra porção foi convertida em criptoativos, dificultando o rastreamento do dinheiro.
A delegada Luciane Bertoletti, responsável pelo caso, destacou a sofisticação da quadrilha no uso de métodos para ocultar os valores desviados, caracterizando um esquema bem articulado.
Como funciona o golpe do bilhete premiado
O golpe é aplicado em etapas, envolvendo várias pessoas:
- Abordagem inicial: A vítima é parada na rua por alguém fingindo ser de origem humilde e que precisa de ajuda para localizar um endereço indicado em um suposto bilhete premiado.
- Intervenção de cúmplice: Outro golpista, geralmente bem vestido, aparece na cena e propõe ajudar, reforçando a história.
- Confirmação do prêmio: Um terceiro golpista, se passando por gerente da Caixa Econômica Federal, afirma que o bilhete é premiado.
- Garantia exigida: Os golpistas prometem dividir o prêmio com a vítima, mas exigem uma "garantia" em dinheiro, que a vítima transfere ou saca e entrega ao grupo.
No final, o prêmio nunca é entregue, e a vítima percebe tarde demais que foi enganada.
Desdobramentos
A operação busca identificar outros envolvidos e rastrear o destino completo dos valores desviados. As autoridades alertam a população para que evite interagir com desconhecidos que oferecem prêmios ou vantagens fora de contextos formais.