A Polícia Civil prendeu na tarde desta segunda-feira, 23, o segundo suspeito de ter participado do assalto e morte do delegado Mauro Guimarães Soares, de 59 anos, no sábado, 21. O crime ocorreu na Vila Romana, no distrito Lapa, na Zona Oeste de São Paulo.
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Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou ao Terra, o suspeito foi encontrado no município de Diadema e conduzido para 1° Delegacia de Investigações sobre Roubos e Latrocínios do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), onde o caso é investigado, para prestar esclarecimentos.
O investigado por efetuar os disparos que vitimou o policial, Enzo Wagner Lima Campos, de 24 anos, já havia sido preso e permanece internado sob escolta. Ele foi indiciado pelo crime de latrocínio.
Também há um terceiro suspeito de ter envolvimento no crime que teve a prisão temporária decretada pela Justiça e policiais civis realizam diligências para localizá-lo. "Detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial", destacou a SSP em nota.
Morte do delegado
O delegado estava caminhando pela Rua Caio Graco com a esposa, também policial, quando foi abordado por dois suspeitos, que anunciaram o assalto. Após uma troca de tiros, Mauro Guimarães acabou sendo baleado no peito e não resistiu.
Câmeras de monitoramento da rua registraram a abordagem e mostram um homem parando uma motocicleta atrás de uma van. Quando o casal se aproxima, o motociclista vai em direção à calçada e aparenta anunciar o assalto. Na sequência, há disparos de arma de fogo. O delegado e o suspeito ficam no chão.
Quem era o delegado
Mauro Guimarães Soares assumiu como delegado seccional de Sorocaba em 2021, interior de São Paulo, e esteve no comando de 18 cidades da região. Seu irmão, o delegado Maurício Guimarães Soares, foi diretor do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). Os dois são filhos do delegado Acrisio Soares, da cúpula da Polícia Civil nos anos 1980. Sua mulher, Ana Paula, que presenciou o disparo contra o marido, é subdelegada geral.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e autoridades da Polícia Civil de São Paulo compareceram no velório da autoridade policial. O enterro do corpo da vítima foi realizado no cemitério Gethsêmani, no Morumbi, zona sul da cidade.