Dois policiais militares foram presos após matarem um guarda municipal por engano, em Piracicaba, no interior de São Paulo, na tarde de quarta-feira, 22. Eles confundiram o guarda com um ladrão. Após a audiência de custódia, que ocorreu nesta quinta-feira, 23, os PMs foram libertados e vão responder ao processo em liberdade. Em nota, a PM lamentou e informou que o caso é investigado por meio de inquérito policial militar, paralelo à investigação feita pela Polícia Civil.
Dois assaltantes invadiram uma casa na vizinhança do Teatro Municipal Dr. Losso Netto, no bairro Alto, em Piracicaba, por volta das 14h de quarta-feira. Testemunhas viram a invasão e, suspeitando de que o imóvel seria furtado, avisaram à Polícia Militar. Quando perceberam que um carro da polícia se aproximava, os dois fugiram e um deles invadiu o quintal de uma clínica oftalmológica.
Antônio Marcio Costa Oliveira, de 45 anos, que era guarda municipal em Iracemápolis e nos dias de folga trabalhava como vigia da clínica, foi alertado por uma funcionária sobre a presença de um ladrão no imóvel. Diante disso, Oliveira omeçou a tentar localizá-lo. Subiu no telhado e chegou a identificar um suspeito, com quem conversou. Nesse momento, a PM chegou e, de fora, viu apenas Oliveira, que estava armado sobre o telhado.
Os policiais atiraram e atingiram o guarda, que caiu do telhado. Socorrido, foi levado à Santa Casa de Piracicaba, onde morreu. Os suspeitos fugiram.
Oliveira era casado, trabalhava como segurança na clínica havia 15 anos e desde 2021 era guarda em Iracemápolis. Ele foi velado nesta quinta-feira e será sepultado na sexta-feira, 24, no cemitério da Vila Rezende.