A policial civil Giovanna Cavalcanti Nazareno foi presa na noite de sexta-feira, 8, por suspeita de atirar no próprio marido em Palmas, Tocantins. Segundo a Polícia Militar, ela teve um surto, sacou a arma e atirou no homem depois de uma discussão por causa de uma ida a uma pizzaria. Ela o levou para o Hospital Geral de Palmas (HGP).
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública, o caso foi registrado e a policial foi autuada em flagrante pelo crime de lesão corporal grave na manhã deste sábado, 9, na presença da Corregedoria-Geral da Polícia Civil. Ela permanece presa. A defesa de Giovanna não foi encontrada para dar um posicionamento sobre o caso.
O marido relatou que tinha ido a uma pizzaria para comemorar o aniversário do pai. Quando foi para casa, onde mora com a policial, houve uma discussão, e ela disparou com a arma de fogo. O tiro atingiu o ombro do marido.
Denúncia
Giovanna usou as redes sociais na última semana para fazer denúncias de assédio moral e sexual contra o delegado Cassiano Ribeiro Oyama, chefe da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Palmas.
Ela afirmou ter trabalhado na delegacia entre 2021 e 2022, e em um vídeo, relatou ter sofrido uma série de abusos.
“Começava a falar da minha aparência, do meu modo de vestir. Ficava fazendo brincadeiras meio bobas: ‘porque você não usa saia?’, ‘porque não usa vestido?’. ‘Você está vindo parecendo um machão’. Foram coisas corriqueiras que começaram aos poucos”, contou.
As denúncias são apuradas em sigilo pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil. O delegado negou as acusações, e disse que as falas da policial foram feitas após ela ter uma transferência negada.