Prédios começam a ser desocupados após reintegração de posse em SP

19 fev 2014 - 10h47
(atualizado em 20/2/2014 às 12h31)
Policiais militares participam da reintegração de posse na zona leste da capital
Policiais militares participam da reintegração de posse na zona leste da capital
Foto: Gero / Futirinhas

Moradores começaram a retirar móveis e pertences na manhã desta quinta-feira, após reintegração de posse de um conjunto habitacional da zona leste da capital paulista. Policiais militares negociaram com as milhares de pessoas que viviam no local por mais de 3 horas para que a desocupação ocorresse de forma pacífica.

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O Conjunto Residencial Caraguatatuba, localizado na Rua Domingo Rubino, região de Itaquera, tem 940 apartamentos em 47 prédios, e foi ocupado no dia 25 de julho do ano passado. A decisão da 13ª Vara Cível da Justiça Federal em São Paulo foi expedida em agosto do ano passado.

Esta foi a segunda tentativa de cumprimento da reintegração, a primeira ocorreu ontem. Hoje, no início da manhã, os moradores deram as mãos e fizeram um cordão em volta do condomínio para protestar. Eles também montaram barricadas com sofás e entulhos. Não houve confronto, de acordo com a Polícia Militar.

O pedido de reintegração de posse foi feito pela Caixa Econômica Federal, proprietária do imóvel. De acordo com a assessoria de imprensa da instituição, essa era a maior invasão do Programa Minha Casa, Minha Vida da capital, com cerca de 5 mil pessoas. A Secretaria da Segurança Pública estimou que 3 mil pessoas vivessem no local.

Em nota, a Caixa informou que os apartamentos integram a Faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida, destinado a famílias com renda até R$ 1,6 mil por mês. O valor do investimento chegou a R$ 49,6 milhões.

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“As obras estavam concluídas e a Caixa aguardava o processo de legalização para a entrega aos beneficiários. O sorteio estava previsto para os dias 7 a 9 de agosto de 2013, mas o empreendimento foi invadido no fim de julho de 2013. A Caixa esclarece que não negocia com invasores e busca sempre preservar o direito dos reais beneficiários que foram devidamente selecionados pelo município de acordo com a regras do Programa Minha Casa, Minha Vida”, diz o comunicado.

Agência Brasil
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