A prefeitura de São Paulo confirmou hoje (23) a quinta morte causada pela dengue no município em 2015. A vítima, que faleceu em 11 de março, era um homem de 92 anos, residente no bairro do Jaraguá, região noroeste da capital. Em 2014, durante todo o ano, foram registradas 14 mortes decorrentes da doença.
De acordo com o sétimo balanço do ano sobre a situação da dengue divulgado nesta quinta-feira, 62.799 casos foram notificados no período de 4 de janeiro a 11 de abril, e 20.764 foram confirmados autóctones (contraídos no Município). No mesmo período de 2014, a cidade teve 15.367 casos notificados e, destes, 7.126 autóctones confirmados. Cerca de 38,5% dos casos estão concentrados na Zona Norte de São Paulo.
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O secretário-adjunto de saúde, Paulo Puccini, desta
cou que o aumento do número com relação ao último balanço foi ocasionado por casos de semanas anteriores que ainda não haviam sido confirmados. Mesmo assim, a situação no Município não é considerada epidêmica pelo Ministério da Saúde, que é quando a cidade atinge 300 casos para cada 100 mil habitantes.
“Eu só falo em epidemia quando eu pego uma base territorial inteira na qual eu estou trabalhando. Eu só vou falar em epidemia quando o município de São Paulo [por inteiro] atingir um determinado valor. Enquanto não atingir isso eu chamo de surto”, afirmou Puccini.
Considerando a porcentagem de habitantes por distrito, 11 estão em situação de epidemia: Brasilândia, Cidade Ademar, Jaraguá, Pirituba, Cachoeirinha, Raposo Tavares, Rio Pequeno, Freguesia do Ó, Perus, Limão e Casa Verde.
Óbitos
Os primeiros óbitos registrados em 2015 foram de uma mulher de 84 anos, moradora da Brasilândia, ocorrido no dia 28 de janeiro, e de um garoto de 11 anos, morador do Jardim Ângela, ocorrido no dia 9 de março. A terceira morte foi de uma mulher de 27 anos, moradora do Lajeado, no dia 19 de março, e a quarta foi de uma moradora do Grajaú, de 41 anos, no último dia 31.
Apoio do Exército
Na semana passada, a prefeitura recebeu o apoio de 50 militares do Exército para auxiliar no apoio ao combate à dengue na cidade de São Paulo. Os militares serão usados, principalmentem, em bairros mais violentos. “Se a equipe está acompanhada de um soldado, a pessoa se sentirá mais segura em abrir [a porta]”, disse o prefeito Fernando Haddad ao anunciar o apoio do Exército. Segundo o secretário adjunto de Saúde de São Paulo, Paulo Puccini, há recusa da visita em 20% das casas.