Prefeitura de SP faz balanço de vandalismo: 29 lojas depredadas

19 jun 2013 - 11h56
(atualizado às 17h09)
<p>Cenário era de destruição e de caos na região central de São Paulo após ação de vândalos</p>
Cenário era de destruição e de caos na região central de São Paulo após ação de vândalos
Foto: Fernando Borges / Terra

O subprefeito da Sé, Marcos Barreto, fez nesta quarta-feira um balanço da ação de um grupo de vândalos na região central de São Paulo durante o protesto da noite de terça-feira na capital paulista. Segundo Barreto, 29 estabelecimentos foram depredados, entre lojas e agências bancárias. Prédios antigos que são tombados pelo patrimônio histórico, como o Theatro Municipal de São Paulo e a prefeitura, foram pichados.

A equipe da subprefeitura se reuniu com o Departamento do Patrimônio Histórico da cidade para avaliar como será feita a limpeza. Os trabalhos de remoção do rastro de destruição deixado pelos vândalos nesses edifícios deve começar anda nesta quarta-feira. A expectativa é que as pichações sejam removidas até quinta-feira.

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Segundo a subprefeitura, 350 pessoas trabalham na limpeza no centro e na região da rua Augusta. Segundo o subprefeito Marcos Barreto, o serviço começou ainda durante a madrugada e já está bem avançado. "O trabalho já começou a ser feito, para devolver à cidade o que foi destruído", disse ele.

Ao todo, 189 lixeiras públicas foram depredadas pelo grupo. O pórtico na praça do Patriarca também sofreu várias pichações. Sete bandeiras do município e do Estado foram danificadas e serão recolocadas.

Segundo a prefeitura, 95 ônibus foram depredados. Dois coletivos foram queimados, e um teve perda total e outro parcial.

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Cenas de guerra nos protestos em SP

A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra.

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, prédios, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Veja a cronologia e mais detalhes sobre os protestos em SP

Mais de 250 pessoas foram presas durante as manifestações, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. A mobilização ganhou força a partir do dia 13 de junho, quando o protesto foi marcado pela repressão opressiva. Bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam pelo centro.

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O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.

As agressões da polícia repercutiram negativamente na imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação violenta divulgaram relatos, fotografias e vídeos na internet. A mobilização ultrapassou as fronteiras do País e ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações foram organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina.

As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40.

O prefeito da capital havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.

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Fonte: Terra
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