Prefeitura de SP tomba caminho histórico e 23 imóveis da Liberdade

Decisão protege traçado das Ruas da Glória e do Lavapés; lista de novos tombamentos inclui sede do 1º DP (Sé) e antiga Lega Italica

23 jul 2019 - 15h06

SÃO PAULO - A Prefeitura de São Paulo homologou nesta terça-feira, 23, o tombamento do traçado e da geometria sinuosa do caminho histórico das ruas da Glória e do Lavapés, na Liberdade, zona central da capital. A determinação também inclui 23 casarios, edifícios e casas operárias do entorno, entre os quais estão o antigo prédio da associação Lega Italica e a atual do 1º Distrito Policial (Sé).

Conpresp tombou 23 imóveis na Liberdade
Conpresp tombou 23 imóveis na Liberdade
Foto: Google Street View/Reprodução / Estadão

O tombamento foi aprovado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) em março de 2018. A decisão descartou outros 26 imóveis que também haviam sido originalmente indicados como bens de interesse.

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O caminho parte da região central da cidade em direção a Santos, passando pelo Ipiranga, na zona sul, que era percorrido por tropeiros antes das ferrovias. A resolução de tombamento reitera que trajeto precisa ser "requalificado" por concentrar "importantes elementos físicos e culturais da identidade paulistana".

Sede do 1º DP (Sé) foi tombada pelo Conpresp
Foto: Google Streep View/Reprodução / Estadão

O texto também ressalta que as áreas a serem preservadas "incluem uma dimensão sócio-cultural da história, do cotidiano e da paisagem local, para além dos aspectos da arquitetura em si". Além disso, aponta que o traçado e a geografia dessas ruas são "testemunhos do processo de urbanização da cidade e da sua paisagem cultural".

O tombamento ainda prevê a preservação, enquanto "lugar de interesse paisagístico e ambiental", dos remanescentes da encosta do Antigo Morro do Piolho, considerado um mirante natural da várzea do Rio Tamanduateí.

Antigo prédio da associação Lega Italica está entre os novos bens tombados em São Paulo
Foto: Google Street View/Reprodução / Estadão

Com a homologação, qualquer intervenção (tais como instalação de mobiliário urbano e pavimentação) nos logradouros e nas calçadas do perímetro tombado precisa ser previamente analisada pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) e pelo Conpresp. Além disso, em casos que afetem o subsolo, também será obrigatória a manifestação do Centro de Arqueologia de São Paulo (Casp).

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Com exceção da sede do 1º DP, que foi integralmente tombado, os demais imóveis precisarão preservar apenas as características arquitetônicas externas.

Conpresp tombou 23 casarios, edifícios e casas operárias da Liberdade
Foto: Google Street View/Reprodução / Estadão
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