Em uma imagem da vítima, Lourival Correa Netto Fadiga, apontado como mentor do crime, aparece ao fundo - no reflexo de uma janela. A polícia já tinha conhecimento da foto, mas, agora, o detalhe está sendo entendido como uma evidência de um relacionamento amoroso entre os dois.
O reflexo em uma foto pode ter confirmado uma das teses das investigações do desaparecimento de Anic de Almeida Peixoto Herdy. Vista pela última vez em fevereiro deste ano, em Petrópolis, Rio de Janeiro. As autoridades investigam o caso com a suspeita de que a vítima teria sido assassinada pelos sequestradores e o cadáver foi ocultado.
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Mas uma foto da vítima tem chamado a atenção. Nela, Lourival Correa Netto Fadiga, apontado como mentor do crime, aparece ao fundo, no reflexo de uma janela. Segundo informações divulgadas pela TV Globo, a polícia já tinha conhecimento da foto, mas, agora, o detalhe está sendo entendido como evidência de um relacionamento amoroso entre os dois.
Na denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, Fadiga é descrito como "detentor de uma personalidade galanteadora", e que mantinha relacionamento amoroso com várias mulheres, dentre elas a vítima, Anic. Além disso, o caseiro da família, Laurentino Romão, disse à polícia achar estranho a "proximidade entre os dois".
O depoimento do funcionário aponta na mesma direção ao que disse outra testemunha, esta dona de uma loja de celular no Paraguai. A pessoa afirmou ter visto os dois "se beijarem" por diversas vezes.
Na última quarta-feira, 22, as autoridades fizeram uma busca em um sítio em Guapimirim com ajuda de cães farejadores. Porém, não tiveram sucesso.
"Ou ela está desaparecida ou efetivamente foi assassinada. A polícia não descarta nenhuma possibilidade, mas eu acredito que por conta dessa ambição e dessa impunidade, Anic possa ter perdido a vida", afirmou a delegada responsável pelo caso, Cristiana Onorato Miguel.
Entenda o caso
Anic desapareceu no dia 29 de fevereiro em Petrópolis, Região Serrana do Rio. De acordo com as investigações, Lourival, identificado como funcionário da família há quase três anos, foi apontado como mentor do crime e se aproveitou da confiança da família e do conhecimento da rotina da vítima para arquitetar o crime.
Segundo o MP, o mentor do sequestro se apresentava à família como policial federal e passou a ser segurança pessoal dos integrantes, porém, não era. Na denúncia, é destacado que a vítima, sem conhecimento da verdadeira identidade dos sequestradores, pagou o resgate, porém, Anic não foi libertada e o valor foi todo para o grupo criminoso.
Sob a influência do suspeito, que os convenceu a não recorrer às autoridades, a família só denunciou o caso no dia 14 de março. Atualmente, as autoridades têm investigado o caso com a suspeita de que a vítima tenha sido assassinada pelo grupo e teve seu cadáver ocultado.