Um grupo de manifestantes se reuniu em frente à 5ª Delegacia de Polícia (Mem de Sá) na noite desta segunda-feira para protestar contra a prisão de pessoas que participaram de uma manifestação contra o aumento da tarifa do transporte público no Rio de Janeiro na noite de hoje.
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Por conta dos protestos, 31 pessoas foram presas. Dos detidos, sete são adolescentes. Do total de presos, apenas um permanecerá na delegacia, acusado de dano ao patrimônio público. O delegado Antônio Bonfim disse que ele só será liberado mediante pagamento de fiança.
Todos os detidos foram levados para a 5ª Delegacia Policial. André Barros, representante da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que estava deixando o fórum na hora da manifestação, foi até a delegacia protestar pela forma violenta como a polícia agiu, a seu ver.
"A polícia de forma muito truculenta atacou os manifestantes com bomba de gás lacrimogêneo, balas de borracha e aquelas pessoas se dispersaram, perderam o controle e o centro da cidade se transformou em uma praça de lutas. Agora, o que me deixou estarrecido é a polícia ter feito isso em frente ao fórum e atacou pessoas que não estavam na manifestação".
Barros disse que a ação correta da Polícia Militar deveria ser acompanhar o movimento social para proteger as pessoas e é o que está previsto na Constituição Federal que diz "que todos podem reunir-se pacificamente sem armas em locais abertos ao público, independentemente de autorização".
Em nota, a Polícia Militar afirmou que “foi necessária a utilização de bombas de efeitos moral para garantir o direito de ir e vir da população e para conter atos de vandalismo durante o protesto”.
Protestos tumultuam o trânsito no centro da cidade
Manifestantes se reuniram mais uma vez nesta segunda-feira para protestar contra o aumento da passagem do transporte público no Rio de Janeiro. Este é o terceiro protesto em uma semana contra o reajuste na tarifa.
Segundo o Centro de Operações Rio, o grupo interditou incialmente a avenida Rio Branco, na altura da Cinelândia, por volta das 18h, e seguiu pela rua Araújo Porto Alegre.
Por volta das 18h20, os manifestantes interromperam o trânsito na avenida Presidente Antônio Carlos e, meia hora depois, ocuparam a pista central da avenida Presidente Vargas, sentido praça da Bandeira, na altura da avenida Rio Branco.
De acordo com a Central, por conta do protesto, o trânsito ficou lento nos dois sentidos da avenida Presidente Vargas.
Equipes da Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio) e da Guarda Municipal atuaram no trecho para tentar desafogar o trânsito no local. Às 19h, o tráfego sentido Candelária da Presidente Vargas foi liberado, mas o trânsito continuava lento.
Outros protestos
Na última quinta-feira, manifestantes realizaram protesto próximo à Central do Brasil. Outra manifestação ocorreu na última segunda-feira, em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, também no centro da cidade.
Com informações da Agência Brasil