Professores paulistas, em greve há 28 dias, fizeram uma manifestação em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado, das 17h30 até as 18h30 desta sexta-feira (10), pedindo que uma comissão de representantes fosse recebida pelo governo para abrir negociação com a categoria, mas não foram atendidos.
Segundo os organizadores, participaram do ato cerca de 60 mil pessoas, mas a polícia estima em 20 mil os participantes. De acordo com o Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp), o governo não recebeu a comissão de representantes. A categoria decidiu, então, retirar o grupo do Palácio e dar prosseguimento à manifestação.
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"Isso mostra como o governo paulista trata seus professores. Não querem abrir negociação. Vamos continuar a fechar rodovias e a nos manifestar", disse a presidente do Apeoesp Maria Isabel Azevedo. A reportagem entrou em contato com o Palácio dos Bandeirantes, mas não recebeu resposta até o fechamento da matéria.
A marcha de professores segue agora em direção a TV Globo, na região sul da capital. Mais cedo, os professores decidiram, em assembleia geral, manter a greve iniciada há 28 dias pela categoria.
Eles pedem reajuste de 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias de nível superior no Estado, além da conversão em aumento do bônus concedido com base no rendimento dos profissionais.
Na última semana, os professores bloquearam o tráfego em rodovias do Estado para pressionar o governo a negociar. Ontem, a rodovia Anchieta foi fechada por cerca de uma hora por professores de São Bernardo do Campo.
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado disse que permanece aberta ao diálogo e que, neste ano, reuniu-se quatro vezes com os sindicatos que representam os servidores.
"Os professores da rede estadual paulista, que receberam reajuste salarial em agosto, contam com um piso salarial 26% superior ao estabelecido em todo País, com um aumento salarial de 45% nos últimos quatro anos. Este mês, a Pasta iniciou o pagamento do maior bônus da história, que totaliza R$ 1 bilhão", destaca a nota.