Servidores municipais da Educação continuam ocupando a Câmara Municipal de Goiânia, contrariando decisão judicial da 2ª Vara da Fazenda Pública Municipal e de Registros Públicos da capital goiana. Nesta quinta-feira, o juiz Fabiano Abel de Aragão Fernandes acatou o pedido de reintegração de posse ajuizado pela Câmara, determinando que os ocupantes deixem o prédio público imediatamente. O magistrado autorizou o uso da força policial, se necessário.
O prédio, por determinação do presidente da Câmara, Clécio Alves (PMDB), está sem energia e sem água desde ontem. Para contornar a falta de condições de trabalho, o ponto facultativo dessa quinta-feira - decretado em função da abertura da Copa do Mundo de Futebol - foi estendido para hoje. A guarda municipal reforçou a segurança no local.
Ligados ao Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), os servidores ocuparam o plenário da Câmara na última terça-feira. Ontem, o grupo assumiu o controle do acesso ao prédio, mas, na parte externa, a Guarda Municipal está autorizada a impedir a entrada de mais manifestantes.
Em greve desde o último dia 26, a categoria cobra que a prefeitura cumpra o acordo firmado em 2013, também para terminar com a uma greve. Entre as principais reivindicações da categoria estão: pagamento dos retroativos do piso salarial e das titularidades, melhorias na infraestrutura das escolas públicas de Goiânia, reelaboração do plano de carreira, efetivação do auxílio locomoção e gratificação de 30% (retroativa a janeiro deste ano) para os auxiliares.
Em nota, os ocupantes da Câmara informam que só deixarão o prédio após o prefeito Paulo Garcia aceitar recebê-los e reabrir os canais de negociação. Uma assembleia dos trabalhadores está agendada para as 8h da próxima segunda-feira. A prefeitura de Goiânia disse que comentará o caso na tarde de hoje.