O monotrilho, que surgiu como uma promessa de modernização mais barata e rápida para transportar passageiros por toda a cidade de São Paulo, acumula falhas e reclamações de seus usuários.
O projeto do trem elétrico surgiu em 2009, enquanto o Brasil se preparava para sediar a Copa do Mundo de 2014 e São Paulo era candidata a receber os principais jogos do torneio. Era para ser uma solução mais rápida, moderna e barada para as outras alternativas de transporte na capital paulista.
• Para cada km de metrô, era preciso R$ 380 milhões, contra "apenas" R$ 95 milhões do monotrilho;
• As obras do monotrilho também prometiam mais rapidez: seria necessário metade do tempo em comparação com o metrô.
• No início, o projeto previa seis linhas. Dessas, duas saíram do papel em obras... mas apenas uma está em funcionamento — parcialmente.
Acidentes
Só na última semana, dois acidentes aconteceram no monotrilho: na quarta, 8, e na quinta-feira, 9. A Linha 15-Prata precisou ficar horas paralisada por causa da colisão dos trens. Segundo o Metrô, ninguém ficou ferido.
Outros acidentes aconteceram ao longo dos anos de operação:
Setembro de 2022: uma placa de um dos trens caiu na Avenida Professor Luiz Ignácio de Anhaia Mello;
Fevereiro de 2020: um pedaço de um pneu caiu na rua;
Janeiro de 2019: ocorreu a primeira batida entre dois trens, também antes do início da operação comercial. Uma peça caiu na rua.
Linha 17-Ouro
A linha projetada para a Copa do Mundo plenajeva ligar o Aeroporto de Congonhas à estação Jabaquara em uma ponta, e ao Morumbi, na outra, onde fica o estádio do Morumbi.
No entanto, a construtora Andrade Gutierrez, responsável pela obra, deixou o projeto em 2015 — um ano depois da promessa de entrega do projeto —, com menos de 30% das obras concluídas.
Atualmente, as obras estão em 61%, mas com o trajeto inicial reduzido consideravelmente. Mesmo assim, há previsão de novas paralisações da obra em breve.