“Proposta não foi goela abaixo”, diz presidente de sindicato

21 mai 2014 - 14h29
(atualizado às 17h13)
Coletivos estão parados e fazem filas no entorno do terminal Dom Pedro
Coletivos estão parados e fazem filas no entorno do terminal Dom Pedro
Foto: Alan Morici / Terra

O presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano, Valdevan Noventa, afirmou, nesta quarta-feira, que a proposta de reajuste salarial à categoria foi aprovada em assembleia e não foi “empurrada goela abaixo”. Motoristas e cobradores de ônibus de algumas empresas de São Paulo bloquearam nesta quarta-feira, pelo segundo dia consecutivo, pelo menos 12 garagens. Alguns funcionários dessas empresas chegaram a afirmar que o sindicato estava contra os trabalhares e que a proposta de reajuste salarial de 10% não havia sido aprovada pela categoria.

“É surpreendente. Porque depois da aprovação da campanha salarial, na terça, amanheceu tudo normal. Às 9h começou esse movimento no Paissandu. Não identificamos em primeiro momento quem são. Não sabemos quem está por trás de tudo isso. O sindicato não é inimigo dos trabalhadores. Não estamos reduzindo salário, tirando benefícios, etc. É comprovado que estamos ao lado deles. Espero que tomem consciência da importância do sindicato. Não estamos fazendo sacanagem com ninguém. A proposta não foi empurrada goela abaixo”, afirmou Noventa.

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O presidente do sindicato afirmou que a assembleia com 4 mil trabalhadores da classe está gravada e documentada. Segundo Noventa, nada foi escondido dos motoristas e cobradores. Além disso, de acordo com o presidente do sindicato, não houve conversa com a prefeitura de São Paulo.

“Para mim, não passa de mentiras. Em nenhum momento o prefeito veio pra mesa. Entregamos a pauta para o secretário (de Transportes, Jilmar Tato) e a negociação se deu com o setor patronal. Em nenhum momento o poder público participou disso. Onde está essa proposta da prefeitura? E que o prefeito se manifeste para tirar isso a limpo”, disse. “Nunca existiu uma proposta dessa. A proposta foi de 13% com ticket refeição de R$ 22, PRL de R$ 1,5 mil. E quando iniciamos as negociações nunca houve uma proposta acima disso. Há um monte de mentira, um monte de conversa. Temos provado tudo em documento. Fizemos assembleia nas cinco regiões. Nada foi escondido.”

Noventa disse ainda que o sindicato também está investigando a responsabilidade desses atos e afirmou que acredita ser de autoria de membros da oposição da atual gestão do sindicato.

“Estamos em investigação. A Santa Brígida (empresa cujos motoristas foram os primeiros a aderir à paralisação) nos surpreende porque nunca participou de luta. Muitos estão aderindo forçado. Não estamos fugindo do embate e temos ido esclarecer a proposta. Devem ser pessoas que não querem ver essa diretoria crescer, querendo denegrir nossa imagem. Conseguimos coisas invejáveis a outras categorias”, disse.

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Foto: Arte / Terra

Fonte: Terra
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