Pelo menos 170 manifestantes ficaram feridas no confronto entre professores e policiais militares em Curitiba na tarde de hoje (29) em frente a Assembleia Legislativa do Paraná, no Centro Cívico. Eles receberam os primeiros socorros no prédio da prefeitura da cidade e na sede do Tribunal de Justiça, que ficam nas proximidades do local. Destes, pelo menos 45 foram levados para unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais da região.
A Secretaria de Segurança Pública do Paraná diz que 20 policiais ficaram feridos. Os professores, em greve desde segunda-feira, protestavam contra um projeto de lei (PL) que altera a Previdência estadual. O projeto foi aprovado no início da noite, em segundo turno, pela Assembleia Legislativa do Paraná.
A confusão começou por volta das 15h, no Centro Cívico, em frente ao prédio, quando os deputados estaduais começaram a sessão. Os manifestantes, em sua maioria professores, tentaram romper o perímetro de segurança que a Polícia Militar (PM) traçou em torno da Assembleia Legislativa. Os policiais usaram bombas de gás, balas de borracha e jatos de água para dispersar os manifestantes. Os professores recuaram, mas a polícia continuou jogando bombas de efeito moral.
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Crianças foram retiradas das escolas da região. “Algumas delas passavam mal em decorrência do gás lacrimogêneo usado pelas forças policiais na Praça Nossa Senhora de Salete [localizada em frente a Assembleia Legislativa] para afastar os manifestantes”, informou em nota a prefeitura de Curitiba.
A confusão acabou depois que choveu forte no local. Os manifestantes, que saíram de várias cidades do Paraná, continuam na praça, onde planejam os próximos passos da paralisação. O protesto reuniu professores dos ensinos fundamental, médio e superior. A maioria das universidades públicas do Paraná são estaduais.
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Sete pessoas foram presas, segundo a Secretaria de Segurança Pública, “por envolvimento direto nos ataques aos policiais”. O governo do Paraná atribuiu o confronto a “manifestantes estranhos ao movimento dos servidores estaduais”.
“Lamentável, cenas chocantes e indesejáveis. Arruaceiros, black blocs que partiram para cima de PMs, que preservavam a Assembleia. A agressão não partiu dos policiais. Eles ficaram parados para proteger o prédio da Assembleia Legislativa. A polícia não partiu para cima dos manifestantes uma única vez”, disse o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB).
Segundo a Secretaria de Segurança, será aberto Inquérito Policial Militar, com participação do Ministério Público, para apurar as ações durante o protesto, que teve 1,6 mil policiais trabalhando na ação.
O Sindicato dos Professores do Paraná repudiou a ação policial. “Centenas de policiais foram deslocados, de todas as regiões, para a capital, apenas com o intuito de garantir a votação, na Assembleia Legislativa do Paraná, de uma proposta que poderia ter encontrado consenso, mas que, pela ganância e incompetência do governador, teve sua discussão atropelada”, diz em nota. O sindicato informou ainda que a greve continua.
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Os manifestantes são contra um projeto de lei encaminhado pelo Executivo para alterar a Paraná Previdência, regime de Previdência Social dos servidores paranaenses. O projeto foi aprovado, faltando concluir o texto final, para ser devolvido ao governo para sanção.
O Paraná Previdência é formado pelos fundos Militar, Financeiro e Previdenciário. O governo paranaense quer tirar 33 mil aposentados com mais de 73 anos do Fundo Financeiro, sustentado pelo Tesouro estadual e que está deficitário, e transferi-los para o Fundo de Previdência estadual, pago pelos servidores e pelo governo, que está superavitário. Os professores são contra o projeto porque dizem que vai prejudicar a aposentadoria dos servidores, para “salvar as contas do governo”. A categoria representa 70% do funcionalismo estadual.
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Confronto entre a PM do Paraná e os manifestantes saiu do controle na tarde desta quarta-feira. Dezenas de pessoas ficaram feridas e a prefeitura de Curitiba considerou "abusiva" a ação policial
Foto: Joka Madruga
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Confronto entre a PM do Paraná e os manifestantes saiu do controle na tarde desta quarta-feira. Dezenas de pessoas ficaram feridas e a prefeitura de Curitiba considerou "abusiva" a ação policial
Foto: CUT-PR
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Manifestante ferido foi atendido em um hospital municipal
Foto: Prefeitura de Curitiba
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Foto: CUT-PR
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Foto: APP Sindicato
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Foto: Joka Madruga
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Cinegrafista da Catve foi atingido durante o conflito
Foto: Catve
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Confronto teve início da sessão na Assembleia
Foto: Catve
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Sessão foi continuada mesmo com o confronto acontecendo do lado de fora da Alep
Foto: Catve
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Manifestantes e PM entram em confronto no Paraná
Foto: Catve
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Manifestantes e PM entram em confronto no Paraná
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Manifestantes e PM entram em confronto no Paraná
Foto: Catve
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Manifestantes e PM entram em confronto no Paraná
Foto: Catve
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Manifestantes e PM entram em confronto no Paraná
Foto: Catve
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Protesto de professores terminou em batalha campal em Curitiba
Foto: Agência Paraná
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Manifestante usou máscara para se proteger do gás lançado pela Polícia Militar
Foto: Agência Paraná
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Homem é imobilizado por um policial no centro de Curitiba
Foto: Agência Paraná
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Manifestante detido pela Polícia Militar
Foto: Agência Paraná
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Policial foi atingido por tinta lançada pelos manifestantes
Foto: Agência Paraná
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Homem com mãos amarradas e boca amordaçada protesta no centro de Curitiba
Foto: Agência Paraná
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Manifestantes se protegeram até com tampas de caldeirão para cozinhar
Foto: Agência Paraná
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Fotógrafos se abrigaram em pontos de ônibus em Curitiba
Foto: Agência Paraná
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Tropa de Choque foi chamada para agir no Centro Cívico de Curitiba
Foto: Agência Paraná
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Manifestante mascarado em ato na capital paranaense
Foto: Agência Paraná
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Polícia lançou muitas bombas durante o ato
Foto: Agência Paraná
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Mulher ferida é atendida em Curitiba
Foto: Gabriel Rosa
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Tropa de Choque avançando em direção aos manifestantes
Foto: Orlando Kissner
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Homem com a camisa do Corinthians é detido por policiais à paisana
Foto: Orlando Kissner
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Manifestante é levado por dois homens em Curitiba
Foto: Orlando Kissner
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Vários foram detidos após o confronto com a polícia
Foto: Orlando Kissner
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Manifestante foge das bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela polícia
Foto: Gabriel Rosa
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Homem levou um tiro de borracha na região do pescoço
Foto: Gabriel Rosa
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Prefeitura de Curitiba socorreu mais de 150 manifestantes feridos
Foto: Everson Bressan
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Homem com ferimento no braço após ato no Paraná
Foto: Everson Bressan
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Mulher é atendida por profissionais da saúde
Foto: Everson Bressan
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Samu analisa ferimento em manifestante
Foto: Everson Bressan
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Homem chuta bomba lançada pela Polícia Militar
Foto: Agência Paraná
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Protesto de professores terminou em batalha campal em Curitiba
Foto: Agência Paraná
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Protesto de professores terminou em batalha campal em Curitiba
Foto: Agência Paraná
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Protesto de professores terminou em batalha campal em Curitiba