As circunstâncias do desaparecimento submarino com cinco pessoas a bordo, em uma expedição aos destroços do Titanic, na última segunda-feira (19), não estão claras.
Segundo os especialistas, as perspectivas de um resgate bem sucedido não parecem ser boas, já que alguns erros podem ter sido fatais.
O corte de energia é um grande risco, que poderia ter causado a perda de comunicação, disse o especialista em submarinos e professor associado da Universidade de Adelaide, Eric Fusil, em entrevista à CNN.
De acordo com o professor, existe uma segunda fonte de energia em alguns submarinos, caso o sistema elétrico primário falhe, mas não está claro se o Titan tinha backups de energia quando desapareceu.
Além disso, um possível curto-circuito pode causar um incêndio a bordo, o que não apenas arruinaria os sistemas da embarcação, mas também criaria fumaça tóxica em um espaço pequeno e fechado, um perigo para quem está a bordo, afirma Fusil.
Outra questão, a própria inundação é sempre um risco, devido à alta possibilidade que a maioria das embarcações sofre nessas profundezas, salienta o especialista. Porém, o Titan está equipado com um novo recurso de segurança que monitora a pressão na embarcação e aciona um aviso ao piloto se algum problema for detectado.
Outro risco, reforçado pelas fortes correntes subaquáticas aliadas a um campo de detritos do Titanic no fundo do oceano é a chance do submarino que desapareceu ter ficado preso ou ter o caminho bloqueado, concluiu Fusil.
Submarino desaparecido tem menos de 40 horas de oxigênio disponível, segundo a Guarda Costeira dos EUA.
Por volta das 14h (horário de Brasília) porta-voz Jason Frederick afirmou que restavam 40 ou 41 horas de ar respirável no submersível.
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— Metrópoles (@Metropoles) June 20, 2023
Como aconteceu
A embarcação Titan submergiu na manhã de domingo (18). Os turistas queriam ver os destroços do Titanic, localizado no Atlântico Norte.
O barco de apoio na superfície, o quebra-gelo Polar Prince, perdeu contato com o submarino desaparecido cerca de 1 hora e 45 minutos mais tarde, segundo a Guarda Costeira dos EUA.