Quem são os policiais que faziam escolta do delator do PCC e o PM suspeito de matar Gritzbach

Cabo Denis Martins foi preso nesta quinta, 16, em operação da Corregedoria apontado como autor dos disparos que mataram Antônio Vinicius Lopes Gritzbach. Operação ainda prendeu grupo de PMs que fazia segurança ilegal do delator

16 jan 2025 - 16h57

O cabo Denis Antônio Martins, de 40 anos, foi preso nesta quinta-feira, 16, em uma operação da Corregedoria, suspeito de ser um dos assassinos do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, executado em novembro de 2024 no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo.

Também foram presos na ação outros 14 policiais militares que faziam parte da escolta do delator, apontada como ilegal pela Secretaria da Segurança Pública. Nem todos esses agentes, porém, estavam no dia do crime. No caso de Denis Martins, após a prisão pela Corregedoria, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelo inquérito do assassinato, pediu a prisão dele por homicídio.

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Veja abaixo quem são os 14 policiais que faziam a escolta:

  • Erick Brian Galioni (soldado)
  • Jefferson Silva Marques (soldado)
  • Leandro Ortiz (cabo)
  • Giovanni de Oliveira Garcia (1º tenente)
  • Talles Rodrigues Ribeiro (soldado)
  • Alef de Oliveira Moura (soldado)
  • Julio Cesar Scalett Barbini (cabo)
  • Abraão Pereira Santana (soldado)
  • Samuel Tillvitz da Luz (soldado)
  • Leonardo Cherry de Souza (cabo)
  • Adolfo Oliveira Chagas (soldado)
  • Wagner de Lima Compri Eicardi (cabo)
  • Romarks Cesar Ferreira de Lima (cabo)
  • Thiago Maschion Angelim da Silva (1º tenente)

O Estadão tenta contato com a defesa dos 15 policiais. Martins está sob a custódia da Corregedoria. A polícia disse ainda investigar quem é o segundo atirador, a possível relação de outro PM com o crime e o mandante - a suspeita é que seja do PCC.

Segundo o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, os policiais já eram investigados pela Corregedoria da PM em processo instaurado em abril de 2024, que apura o envolvimento de agentes das forças de segurança com o PCC.

Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi executado a tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos em novembro do ano passado.
Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi executado a tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos em novembro do ano passado.
Foto: Italo Lo Re /Estadao / Estadão

A investigação chegou até o nome de Denis Martins por meio de um trabalho de reconhecimento facial com base nas imagens do dia do ataque. Os 14 policiais da escolta já estavam afastados desde a época do assassinato.

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"Conseguimos identificar, qualificar e foi só o tempo de solicitar à Justiça a prisão daqueles que realizavam essa escolta, que era uma escolta ilegal, é um serviço para um criminoso, isso jamais pode ser admitido. É um serviço para um indivíduo que era réu em duplo homicídio e tinha participações com o crime organizado", disse Derrite.

Nas redes sociais, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que desvios de conduta serão severamente punidos e submetidos ao rigor da lei. A execução do delator no aeroporto - acompanhada de denúncias de elo de policiais com o PCC - foi uma das crises da gestão Tarcísio na área da segurança nos últimos meses.

O governo também tem sido pressionado pelo aumento do número de mortes pela PM. Entre os casos de repercussão, estão o assassinato de um estudante de Medicina em um hotel na zona sul da capital paulista e de um garoto de quatro anos em uma favela de Santos.

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