Uma nova perícia aponta que houve uma limpeza no registro de acessos do aparelho que gravou as imagens do dia da morte do guarda municipal e tesoureiro do PT, Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu (PR), segundo o jornal Folha de S. Paulo. O documento da perícia criminal do Paraná foi anexado na terça-feira, 2, ao processo que investiga o assassinato.
Conforme o jornal, a resposta poderia contribuir em questões ainda em abertas, como a de quem teria mostrado as imagens para o autor do assassinato, o agente penal federal Jorge Guaranho. As imagens podem ter sido o gatilho para que ele fosse até a festa.
O laudo da perícia indica que um evento de "limpar", que apagou todos os registros de acesso no gravador, ocorreu às 8h57 do dia 11 de julho, dois dias depois do crime. Dessa forma, não foi possível saber se houve acesso a esses dados.
A investigação afirma, porém, que não há indícios de alteração nas gravações. De acordo com a polícia crimininalística ao jornal, a leitura labial das pessoas nas imagens também não pode ser realizada.
Relembre o caso
No dia 9 de julho de 2022, Marcelo Arruda comemorava seus 50 anos com a família e os amigos em uma festa temática do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o seu partido, o PT.
Na ocasião, Jorge Guaranho, que é bolsonarista, estacionou seu carro em frente ao local da celebração e, sem sair do automóvel, discutiu com o petista. Cerca de 20 minutos depois, ele voltou armado e, do lado de fora, disparou dois tiros na direção de Arruda.
Em seguida, invadiu o salão e atirou mais uma vez contra o petista, que já estava caído. Mesmo ferido, Arruda conseguiu reagir e efetuou disparos na direção de Guaranho. O guarda municipal morreu pouco depois. Em 20 de julho, Guaranho virou réu por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum.