Um caso de estupro ocorrido há 12 anos na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) poderá ser investigado agora pela Universidade de São Paulo (USP), de acordo com o reitor da instituição, Marco Antonio Zago. As informações são do Jornal da EPTV, afiliada à Rede Globo.
A declaração de Zago foi dada durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga casos de violações de direitos humanos em universidades do Estado, na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A CPI afirma ter obtido, de forma sigilosa, o depoimento da mãe de uma ex-caloura da Esalq que afirma que a filha foi estuprada por um grupo de oito veteranos durante uma festa em Piracicaba. Ainda segundo a mãe, a jovem estava desacordada, e os estudantes registraram a ação e publicaram um vídeo na internet.
Questionado sobre o caso, o reitor da USP afirmou que pedirá a reabertura de sindicâncias com indícios fortes de violação de direitos humanos e que não tenha resultado em punições. Sobre o caso específico da Esalq, Zago disse que a reabertura da investigação depende da procuradoria jurídica da USP.
“Eu entendo que sim (será reaberta a sindicância), mas quem vai de fato nos dizer se é possível resolver isso neste momento é a procuradoria jurídica da universidade”, disse Zago. Agora a denúncia está posta”, continuou o reitor. O prefeito do campus na época do crime, Marcus Vinicius Folegatti, disse que nunca houve investigação porque também não houve denúncia formal.
A CPI do Trote, como está sendo chamada a comissão, foi instalada em dezembro e é presidida pelo deputado estadual Adriano Diogo (PT-SP). A CPI surgiu a partir de audiências da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia nas quais estudantes da Faculdade de Medicina da USP relataram casos de estupro, abuso sexual, homofobia e racismo.