O ginecologista Renato Kalil é conhecido por ser o médico queridinho das famosas na hora do parto. Porém, na última semana ele passou a ser alvo de críticas após Shantal Verdelho acusá-lo de violência obstétrica. E foi justamente depois do vídeo da influenciadora que a jornalista britânica Samantha Pearson também resolver contar a sua experiência com Kalil.
Em entrevista ao jornal O Globo, a correspondente no Brasil do The Wall Street Journal, revelou que foi alvo de seguidos episódios de assédio moral por parte do médico famoso principalmente durante a gravidez da sua segunda filha em 2020. No entanto, ela disse que enfrentrou problemas já na primeira gestação em 2015 quando procurou Kalil já perto do parto para evitar uma cesárea.
"Ele falava da minha vagina como se eu não estivesse ali. Passei semanas chorando sozinha em casa, sem saber se ele tinha dado mais pontos do que o necessário, com medo de transar, de sentir dor. Fui a outros médicos para saber se isso podia ser checado, mas não podia. Foi horrível", declarou.
"Hoje percebo que eu não era a gringa maluca, eu estava certa, nada daquilo era normal. Ele disse aquilo na frente de sua equipe, eu estava quase nua, totalmente exposta. Meu marido estava lá e sempre percebi que o que ele queria o tempo todo era agradar meu marido, como se eu, a paciente, não estivesse lá", completou.
Samantha Pearson ainda afirmou que ouviu de Kalil que "as mulheres no Brasil estão desesperadas porque tem cada vez mais veados. Você vai ter de emagrecer porque senão ele vai te trair”.
O médico procurou a jornalista depois do primeiro parto ao perceber que ela não voltou ao seu consultório e disse que "quis fazer uma brincadeira porque ele está todo sarado, bonitão, cuidando dele e do corpo dele, era um elogio pra ele".
Na 2ª gestação, a jornalista britânica resolveu voltar ao mesmo médico por medo de algo não dar certo no procedimento, já que gostaria de repetir o parto natural e também fazê-lo no Hospital Albert Einstein. "Na minha segunda gravidez voltei a ele por isso, tive medo de procurar outro médico e alguma coisa dar errado. Mas em cada consulta vivia coisas muito ruins. Ele me contava intimidades de outras pacientes e de sua própria mulher. Muitas vezes, as pacientes das quais ele falava estavam na sala de espera", explicou.