Repórter do Terra é agredido pela PM em protesto em SP

Profissionais de outros veículos foram detidos e atingidos por disparos feitos pela polícia

13 jun 2013 - 22h43
(atualizado em 14/6/2013 às 20h24)
<p>Vagner Magalhães levou um golpe de cassetete de um policial militar enquanto cobria o protesto</p>
Vagner Magalhães levou um golpe de cassetete de um policial militar enquanto cobria o protesto
Foto: Amauri Nehn / Brazil Photo Press

O repórter do Terra Vagner Magalhães levou um golpe de cassetete de um policial militar enquanto cobria o protesto desta quinta-feira contra o aumento no preço da passagem do transporte público em São Paulo. O jornalista foi agredido no braço, no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Manifestantes se juntaram no local depois que o protesto e os confrontos com a polícia se amenizaram. Policiais passaram pelo local e foram ironicamente aplaudidos pelo grupo. Diante da provocação, os PMs partiram para cima dos manifestantes.

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Próximo da confusão, Vagner alertou os policiais que é repórter e que estava trabalhando no local, mas foi agredido. Os PMs ainda lançaram bombas sobre um grupo de jornalistas que partiu em sua ajuda.

O fotógrafo do Terra Fernando Borges também foi detido enquanto cobria a manifestação nesta tarde. Ele portava crachá de imprensa, equipamento fotográfico de trabalho e se apresentou como jornalista, mas foi levado pelos policiais. Ele passou 40 minutos detido junto com outros manifestantes, de frente para a parede, com as mãos nas costas e a cabeça baixa, mas já foi liberado.

Os policiais revistaram os pertences e documentos dos detidos, e só liberaram o fotógrafo alegando que ele "não portava vinagre", que é usado como "antídoto caseiro” contra os efeitos da bomba de gás lacrimogêneo. Alguns profissionais de imprensa utilizam o produto para conseguir trabalhar registrando as imagens do protesto .

A repórter do Terra Marina Novaes tentou fugir das bombas lançadas pela polícia e se refugiou na garagem de um prédio próximo à praça Roosevelt, junto de um grupo de outras pessoas. A polícia isolou a área e levou o grupo para o camburão. Retida, ela só foi dispensada depois que se apresentou como jornalista. 

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Mais jornalistas foram detidos ao longo da manifestação

Além dele, o repórter Piero Locatelli, da revista CartaCapital também foi detido. Segundo a publicação, ele foi preso enquanto fazia a cobertura das manifestações.

O repórter do jornal Metro Henrique Beirang foi atingido por um jato de spray de pimenta, enquanto cobria a manifestação. "Jogaram spray de pimenta de forma aleatória contra os jornalistas. Isso é um absurdo. A gente está aqui trabalhando", protestou. 

O jornal Folha de S.Paulo anunciou que seis repórteres da empresa foram atingidos e dois levaram tiros de balas de borracha no rosto, durante o protesto. Segundo o veículo, os jornalistas atingidos com tiros são Giuliana Vallone e Fábio Braga.

Uma imagem que seria da repórter com o olho inchado após o tiro circula nas redes sociais. O jornal também cita uma testemunha que teria visto um policial "mirar e atirar covardemente" na repórter. Segundo a Folha, o fotógrafo Fábio Braga foi atingido por dois disparos.

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Na edição de hoje, o jornal publicou um editorial chamado 'Retomar a Paulista', no qual cobra ação da Polícia Militar para conter os protestos. "No que toca ao vandalismo, só há um meio de combatê-lo: a força da lei", afirma o texto.

Fonte: Terra
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