A morte de Juliano Segundo, de 35 anos, ocorrida na última terça-feira (20), no bairro Bom Jesus, pode estar relacionada às mortes de dois jovens ocorridas na noite de segunda-feira (19), na Vila Jardim, onde ambos foram atacados com machados. Até o momento, não houve prisões relacionadas a nenhum dos casos.
De acordo com o delegado Pablo Soares, que investiga o caso, Juliano estava no segundo andar de sua residência na Rua Carumbé, preparando o jantar para sua filha de 12 anos, quando dois homens invadiram sua casa.
Segundo relatos do delegado, os invasores renderam Juliano, o retiraram da residência e o levaram para a varanda, onde efetuaram vários disparos contra ele. Os atiradores desceram em seguida e efetuaram mais disparos. A arma utilizada no crime foi uma pistola calibre nove milímetros, que não foi encontrada. O delegado Soares informou que os agressores não ameaçaram a filha da vítima.
Juliano possuía histórico criminal relacionado a homicídio, tráfico de drogas e roubo, sendo acusado de um assassinato ocorrido em 2018. Desde janeiro, ele estava cumprindo prisão domiciliar e usando uma tornozeleira eletrônica.
Além disso, a vítima era membro de uma facção rival ao grupo no qual estavam envolvidos os dois jovens, de 21 e 27 anos, que foram brutalmente assassinados com golpes de machado na segunda-feira, na região da Vila Jardim, Zona Norte.
A investigação indica que Juliano não teria sido o mandante do crime nem participado da execução dos jovens. No entanto, sua morte pode ser interpretada como uma forma de mensagem intimidatória direcionada aos rivais.
Mortes a machadadas
Dois homens foram brutalmente assassinados na noite desta segunda-feira (19), na Vila Jardim, zona norte de Porto Alegre. Segundo informações da Brigada Militar, a dupla foi morta com golpes de machados, por volta das 21h30min, na Rua Cananéia.
Testemunhas relataram que pelo menos três homens, que afirmaram ser policiais, invadiram a residência das vítimas e cometeram os assassinatos, atingindo a cabeça e o rosto delas.
Segundo o tenente-coronel Daniel Araújo de Oliveira, comandante do 11º Batalhão de Polícia Militar, uma das vítimas usava tornozeleira eletrônica.