RJ: Cabral condena ações de vandalismo no Palácio Guanabara

Governador atribuiu depredações à oposição e não quis comentar excessos policiais

12 jul 2013 - 17h04
(atualizado às 17h11)
<p>Rojão deu início a confronto entre manifestantes e polícia nas proximidades do Palácio Guanabara</p>
Rojão deu início a confronto entre manifestantes e polícia nas proximidades do Palácio Guanabara
Foto: Daniel Ramalho / Terra

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, condenou nesta sexta-feira as depredações nas ruas próximas ao Palácio Guanabara, sede do governo do Estado, acontecidas ontem, durante protestos que terminaram com mais de 40 detidos. Cabral não comentou as seguidas denúncias de excessos da Polícia Militar.

"Qualquer ação de vandalismo, como foi o caso de ontem, não deve ser tido como um fato normal na vida democrática de qualquer cidade do Brasil. Não é assim que se faz oposição, há outras maneiras", declarou Cabral, após evento no próprio palácio, alvo de rojões na noite anterior.

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Na semana passada, ao comentar a retirada pela polícia dos manifestantes do Leblon, onde mora, Cabral disse que manifestações em frente à sede do governo eram admissíveis. Hoje, declarou que devem ser feitas no "debate de ideias". "Não é atacando pessoas, o Palácio, que se faz oposição, se faz com a discussão democrática", declarou, em rápida entrevista à imprensa.

No protesto de ontem, em Laranjeiras, bairro da zona sul, lixeiras e bancas de jornal foram depredadas. Manifestantes ascenderam fogueiras nas ruas e, durante o confronto com a polícia, se refugiaram numa clínica, que teve a porta forçada.

Perguntado sobre a atuação da PM, que usou bombas de gás lacrimogêneo em área residencial densamente ocupada, em bares e em frente à Casa de Saúde Pinheiro Machado, Cabral voltou a dizer "que excessos não serão tolerados", mas não esclareceu se sindicâncias foram abertas.

O diretor-executivo da Anistia Internacional, cuja sede fica próxima ao Palácio Guanabara, Átila Roque, que foi atingido por spray de pimenta, disse que a ação foi desproporcional. Procurado para esclarecer as ações policiais e comentar o episódio, o secretário estadual de Direitos Humanos, Zaqueu Teixeira, deixou o evento na sede do governo sem falar com a imprensa. 

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Agência Brasil
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