Apesar de o Reservatório Paraibuna, o maior dos quatro que abastecem o estado do Rio de Janeiro, ter atingido o volume morto nos últimos dias, o estado do Rio de Janeiro não terá de adotar o racionamento de água nos próximos seis meses.
Segundo um comunicado do governo estadual, a situação atual do reservatório não vai alterar as operações já em vigor para minimizar a crise hídrica na Região Sudeste. Uma economia de 400 milhões de metros cúbicos de água já foi obtida, desde o início das medidas, em abril do ano passado – o equivalente a 170 estádios do Maracanã cheios d’água.
Nos últimos nove meses, foram feitas adaptações na captação de água de municípios situados ao longo do Rio Paraíba do Sul. Além disso, a Cedae promoveu mudanças na Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu. As Indústrias também fizeram adequações. Todas essas medidas permitiram economia de água nos reservatórios.
Porém, o governador Luiz Fernando Pezão e o secretário do Ambiente, André Corrêa, reforçaram, nesta sexta-feira, a necessidade de se fazer uso racional da água. “Estamos enfrentando a maior seca dos últimos 84 anos. Faço um apelo para que a população economize e faça uso inteligente da água. Acredito que conseguiremos atravessar o ano com os volumes acumulados nos reservatórios”, disse Pezão.
O governador descartou reajuste na tarifa de água. “Não há nenhum aumento previsto. Essa medida não é necessária e não será tomada. Vamos, sim, promover campanhas para que os moradores do estado evitem o desperdício”, afirmou.
O secretário André Corrêa reforçou o discurso do governador, informando que a prioridade do estado é fornecer água para consumo humano. “Não está previsto racionamento, por enquanto. O que estamos pedindo à população é uma mudança de hábitos. Não dá, por exemplo, para se lavar carros e calçadas com mangueira. Algumas indústrias localizadas no Norte Fluminense podem sofrer algum tipo de racionamento”, completou o secretário.
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O Paraibuna fica localizado no estado de São Paulo e fornece água para cerca de 12 milhões de moradores fluminenses. O volume morto é um reservatório que concentra uma reserva técnica de água.
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O leitor Antonio N. Cruz, de Suzano (SP), flagrou um homem lavando o asfalto da rua Ana Vagos Pereira, no bairro Parque Residencial Casa Branca
Foto: Antonio N. Cruz
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A leitora Daniela Rodrigues, que mora em Parada de Taipas, região noroeste de São Paulo, disse que seu vizinho,além de lavar o carro com mangueira, deixa o filho brincar com a água
Foto: Daniela Rodrigues
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A leitora Silvia Fortes, de São Paulo, flagrou duas mulheres lavando a calçada, na altura do número 392 da avenida Paulista, região central da capital
Foto: Silvia Fortes
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O leitor Ailton denunciou o uso desnecessário de água para lavar um prédio no cruzamento da avenida Pavão com a rua Araguari, em Moema, zona sul de São Paulo
Foto: Ailton dos Santos Pereira
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Segundo o leitor F.M., um morador da rua Dr. Elisio de Castro, no bairro Alto do Ipiranga, região sudeste de São Paulo, lava frequentemente o quintal com mangueira e água potável corrente
Foto: F.M.
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A leitora Daniella afirmou que, na rua Araioses, no bairro Sumarezinho, zona oeste de São Paulo, são frequentes as situações de desperdício de água
Foto: Daniella
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O leitor Daniel Gattaz Stur fotografou um vazamento de água potável em um caminhão-pipa que circulava pela avenida Rebouças, em São Paulo
Foto: Daniel Gattaz Stur
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Morador lava portão de casa na rua Caiubi, em Santo André, na região do ABC Paulista
Foto: Andra Carolina Lavezzo
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Moradora de Santo André, região do ABC Paulista, flagrou uma moradora da rua Cáucaso lavando o telhado com mangueira
Foto: A. O.
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O leitor Tonny Stark flagrou desperdício na rua Fernão Dias, no bairro Vila Nogueira, em Diadema; segundo ele, o homem lavou o carro antes e depois da chuva
Foto: Tonny Stark
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O leitor Ricardo Vasconcelloz fotografou um caso de desperdício de água por parte de uma concessionária localizada na avenida Professor Luis Inácio de Anhaia Melo, na Vila Prudente, zona leste de São Paulo
Foto: Ricardo Vasconcelloz
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Moradora do município de Monte Mor, em São Paulo, a leitora Alexandra S. afirmou que, às segundas-feiras, sua vizinha lava o quintal e a rua
Foto: Alexandra S.
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Funcionário lava prédio localizado na rua Desembargador Armando Fairbanks, no bairro do Butantã, zona oeste de
Foto: Fabricio C.
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O leitor Alessandro Oliveira flagrou a lavagem de prédio em construção na esquina da rua Luiz Seraphico Júnior com a avenida Professor Alceu Maynard Araújo, no bairro da Chácara Santo Antônio, zona sul de São Paulo
Foto: Alessandro Oliveira
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O leitor The Strongst informou que este homem lava um quintal enorme uma vez por semana, na rua Padre Gregório Mafra, em Itaquera, zona leste de São Paulo
Foto: The Strongst
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De acordo como leitor Luciano Malaquias Müller, de Guarulhos (SP), funcionários do Sesc Pinheiros usaram jatos d'água de mangueira para remover desenho de uma das paredes do local
Foto: Luciano Malaquias Müller
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Morador utiliza guarda-chuva para se esconder enquanto lava calçada na rua Francisca Emília, no Ipiranga, bairro na zona sul de São Paulo; segundo testemunhas, a ação durou cerca de 40 minutos. A imagem foi registrada no dia 31 de dezembro
Foto: F.J.
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Charles da Silva Oliveira, de Guarulhos, flagrou um grupo lavando o portão e a fachada de uma igreja na rua Marajó
Foto: Charles da Silva Oliveira
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Elei Bisca, de Piracicaba (SP), flagou uma funcionária de uma loja localizada na avenida Independência lavando a frente do estabelecimento e alguns móveis à venda com mangueira; a ação, segundo ele, durou mais de uma hora
Foto: Elei Bisca
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A leitora Mariana Alonso de Carvalho, de São Paulo (SP), afirmou que, funcionários de um açougue próximo ao seu local de trabalho lavam a loja todos os dias e não evitam o desperdício, enquanto a empresa para a qual ela presta serviços está sem água
Foto: Mariana Alonso Carvalho
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A leitora registrou imagens de uma loja na rua Treze de Maio que desperdiça água na lavagem do estacionamento
Foto: Lela Araújo Lima
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Lela Araújo Lima, de Campo Grande (MS), relatou que, em sua cidade, as pessoas exageram no uso da água para lavar calçadas
Foto: Lela Araújo Lima
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Elisa Silva, de Campinas (SP), afirma que um morador da cidade lava o carro em quase todos os finais de semana e posta fotos dos banhos no Facebook