RJ: explosões danificam prédio da PF e atrapalham planos para a Copa

16 jan 2014 - 21h18
(atualizado às 21h56)
  De acordo com uma fonte da PF ouvida pelo Terra, com as rachaduras, o governo não sabe mais se vai poder alojar ali os cerca de 4 mil agentes que serão deslocados para a cidade na época da Copa do Mundo
De acordo com uma fonte da PF ouvida pelo Terra, com as rachaduras, o governo não sabe mais se vai poder alojar ali os cerca de 4 mil agentes que serão deslocados para a cidade na época da Copa do Mundo
Foto: Daniel Ramalho / Terra

A obra para a construção do túnel da Via Binário, no Porto do Rio, causou um problema para o governo federal. Isso porque as explosões necessárias à abertura do túnel causaram rachaduras nos dormitórios no prédio da Polícia Federal, que fica bem em cima de onde vai passar o túnel, na Praça Mauá. De acordo com uma fonte da PF ouvida pelo Terra, com as rachaduras, o governo não sabe mais se vai poder alojar ali os cerca de 4 mil agentes que serão deslocados para a cidade na época da Copa do Mundo. 

A PF informou ao Terra, através de nota, que o prédio sofreu “algumas avarias, tais como: rachaduras em paredes (principalmente próximo das juntas de dilatação), trincas em vidros e descolamento de pisos,” mas afirma que estavam avisados previamente que esses danos poderiam ocorrer.

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Técnicos da empresa responsável pela obra já fizeram vistoria no prédio da PF e instalaram equipamentos para “mapear qualquer tipo de deslocamento fora da normalidade”, mas não foi apenas o prédio da Polícia Federal que sofreu danos. O recém-inaugurado Museu do Mar, que fica bem ao lado, também apresenta rachaduras nos tetos e nas paredes. De acordo com a concessionária Porto Novo, também em nota, “as trincas observadas especialmente na área técnica e no hall de saída do pavilhão de exposições do MAR são decorrentes de acomodações do solo e estão sendo monitoradas.  Segundo o laudo apresentado por consultores contratados pela Fundação Roberto Marinho, responsável pela concepção do projeto, as trincas não possuem características estruturais, limitando-se às alvenarias, e não oferecem riscos ao prédio e aos visitantes”.

Explosões necessárias à abertura do túnel causaram rachaduras nos dormitórios no prédio da Polícia Federal
Foto: Daniel Ramalho / Terra

Além do prédio da Polícia Federal e Museu do Mar, moradores da região reclamam do mesmo problema. De acordo com a Porto Novo, técnicos já fizeram vistorias em várias residências também atingidas. A Defesa Civil do Município já afirmou que “não foram identificados na região imóveis com risco iminente de desabamento, apenas com pequenos danos como fissuras ou rachaduras”. A empresa Porto Novo já se dispôs a fazer as obras de recuperação necessárias. Depois das rachaduras, as explosões que aconteciam várias vezes por dia foram interrompidas.

Independente de danos mais graves, o governo federal busca alternativas para a hospedagem dos agentes na Copa. Já houve um primeiro contato com o governo estadual, prefeitura e com o Exército em busca de alternativas: quartéis da Polícia Militar ou do Exército. A previsão para a inauguração do primeiro trecho do túnel (entre a rua Primeiro de Março e a Saúde), está previsto para 2014. A partir do dia 25 de janeiro, a prefeitura interrompe definitivamente o trecho do viaduto da Perimetral que ainda está ativo, justamente o que passa em frente à PF e ao Museu do Mar. Este trecho terá que ser demolido com máquinas. Mais explosões próximas a prédios já castigados podem ser de alto risco. 

Fonte: Terra
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