Moradores cariocas têm reclamado da ineficiência da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) na aplicação do Programa Rio em Ordem, mais conhecido como Choque de Ordem. A maioria está insatisfeita com a falta de fiscalização, que já não se mostra a mesma da época da criação da secretaria, em 2009, e das Unidades de Ordem Púbica (UOP), em 2011, implantadas em diversas áreas da cidade com objetivo de criar iniciativas de organização urbana.
Na Zona Sul, as reclamações são voltadas para o estacionamento irregular e a volta dos camelôs. De acordo com o Vice-Presidente da Associação dos Moradores de Copacabana (Amacopa), a criação das UOPs não foi suficiente para a manutenção da fiscalização. “A iniciativa começou bem, mas a manutenção foi zero. Nos primeiros seis meses, o serviço era bom, agora é muito ruim.” O morador também afirma que o efetivo de agentes das UOPs também diminuiu.
O mesmo afirma a moradora e presidente da Associação de Moradores do Alto Leblon (AMALeblon), Evelyn Rosenzweig. “A quantidade de agentes na rua diminuiu e eles são muito despreparados.” A presença de camelôs e estacionamento irregular são mais alguns dos problemas citados pela moradora, que ainda afirma que algumas irregularidades são vistas pelos agentes, mas que a abordagem dos infratores não é efetuada. “Aqui, nós temos um protótipo de UOP.”
Na Zona Norte, as reclamações se repetem. Segundo presidente da Associação de Moradores do Méier (AMME) Jorge Barata, os principais problemas se agravam ainda mais à noite. “Não há presença de Guardas Municipais e agentes da UOP fiscalizando durante a noite. Ficam dezenas de carros e motos estacionados irregularmente nas calçadas.” O morador ainda reclama que também percebeu uma queda no efetivo. “No início (das UOPs), havia centenas de agentes nas ruas, mais de 150. Esse número diminuiu.”
A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que, as iniciativas seguem de forma constante e simultânea em toda a cidade. “As ações de ordenamento são realizadas permanentemente em vários bairros da cidade com o objetivo de coibir a desordem fazendo cumprir o que determina o Código de Posturas Municipais. Sobre a diminuição no número de agentes das UOPs e o despreparo dos funcionários, a Seop informou que o número de guardas municipais só aumentou desde 2011 e que o treinamento direcionado a eles é diferenciado.