O governador Luiz Fernando Pezão afirmou, nesta segunda-feira, que 2015 deve ser o ano da expansão do metrô no Rio de Janeiro. Além da parceria do governo Federal para as obras da Linha 3, que ligará São Gonçalo a Niterói, Pezão planeja mais: “a prioridade na capital é a ligação Gávea até a Carioca, mas quero começar a fazer Jardim Oceânico ao Recreio, Estácio-Praça XV e Uruguai-Meier”, relatou, durante a detonação do túnel da Linha 4 que vai ligar Gávea a São Conrado. "Vamos construir mais quilômetros de metrô do que todos os governos anteriores".
Pezão quer aproveitar que o Tatuzão já está trabalhando na Linha 4 para começar ainda em 2015 a ligação entre a Gávea e a Carioca. “Essa próxima linha a gente já vai começar com tudo feito: projeto executivo e licenciamento ambiental. Queremos fazer o mesmo para as outras linhas”, afirmou. “Meu compromisso é fazer o dever de casa, buscar parcerias como fizemos com a Linha 3.”, disse, sem deixar de fazer referência no discurso ao ex-governador Sérgio Cabral, ao ex-secretário de transportes Julio Lopes e ao ex-secretário da Casa Civil, Régis Fichtner.
As obras de mobilidade urbana, de acordo com Pezão, vão ser um dos principais legados para a cidade depois dos Jogos Olímpicos de 2016. “O prefeito Eduardo Paes vai começar a cortar a cidade com a TransBrasil. Temos que tirar veículos das ruas, beneficiar o trabalhador”, afirmou ao lado do futuro vice-governador, senador Francisco Dornelles, e rebatendo as críticas de quem diz que a Linha 4 do metrô é só para rico. “Metrô que vai trazer quem mora na Pavuna até a Barra com bilhete único; quem mora na Rocinha vai poder chegar ao centro mais rápido. Queremos metrô em toda a cidade, porque é transporte de qualidade”.
Tráfico
Pezão aproveitou a oportunidade para comentar o resgate do traficante Jhony Luiz da Silva, conhecido como Bebezão, no hospital Azevedo Lima, em Niterói. Os bandidos renderam médicos e pacientes, o resgataram, roubaram pacientes e fugiram. Antes ainda mataram um policial militar em São Gonçalo e roubaram o carro dele para ajudar na fuga. “Já falei com o Beltrame e eles estão ouvindo os policiais que faziam a segurança do hospital. É um absurdo o que aconteceu, assim como é um absurdo a Justiça soltar um traficante do Alemão. Acho que temos que rediscutir o código penal quando falamos de tráfico de drogas, que aqui no Rio é um grande problema. Precisamos de leis cada vez mais severas e que o traficante saiba que vai ficar preso e não será beneficiado pelo sistema prisional”, disse sobre a liberação, na semana passada, de um dos chefes do Complexo do Alemão, Edson de Silva Souza, o Orelha.