Cerca de 3 mil professores municipais e estaduais da rede pública do Rio de Janeiro decidiram em assembleia na tarde desta quinta-feira, na capital fluminense, por manter a greve. A paralisação ocorre há três dias. No ano passado, os profissionais da área ficaram parados por cerca de 70 dias.
Os professores, reunidos no Clube Municipal, na Tijuca, também criticaram a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, de determinar o corte do ponto dos docentes, após os representantes legais do Sindicato Estadual dos Profissionais do Ensino (Sepe) não comparecerem a uma reunião que teria sido pré-agendada. Além disso, Fux argumenta que o acordo coletivo do ano passado, que pôs fim à paralisação, não foi cumprido.
Os grevistas, por sua vez, explicam que o ministro não leva em consideração o fato de que este é um novo movimento – no qual reivindicam reajuste salarial de 30%, redução da carga horária de funcionários administrativos de 40 para 30 horas, além 30% do tempo da carga horária dos docentes para a preparação de aulas.
Os professores em assembleia decidem ainda se vão aderir ao movimento 15M, a manifestação contra as injustiças da Copa, que ocorrem em todo o País e que, no Rio de Janeiro, começa às 16h, na Central do Brasil. A capital fluminense enfrenta, além dos professores, outros dois movimentos grevistas: por parte dos rodoviários (cobradores e motoristas de ônibus) e vigilantes bancários – que deixam restrito os pagamentos nas agências.