RJ: vereadores, OAB e PM negociam com manifestantes na Câmara

Grupo que ocupa o prédio é contra a eleição do vereador Chiquinho Brazão (PMDB) para a presidência da CPI dos Ônibus

9 ago 2013 - 17h41
(atualizado às 17h49)
Grupo que ocupa a Câmara faz votação durante protesto
Grupo que ocupa a Câmara faz votação durante protesto
Foto: Daniel Ramalho / Terra

Parlamentares e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) conseguiram entrar na tarde desta sexta-feira no plenário da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, que está ocupado desde o final da manhã por manifestantes contrários à eleição do vereador Chiquinho Brazão (PMDB) para a presidência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Ônibus. Pela tradição parlamentar, o cargo deveria ter sido ocupado pelo autor da proposta, Eliomar Coelho (Psol).

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O deputado federal Chico Alencar (Psol) e o vice-presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB do Rio de Janeiro, Aderson Bussinger, conversaram com os manifestantes, a grande maioria composta de estudantes universitários, para tentar encontrar uma solução que evite o uso de violência por parte da Polícia Militar (PM), que cerca todo o prédio da Câmara e também está presente nos corredores, inclusive com um contingente usando escudos e capacetes com viseiras.

Chico Alencar argumentou com os manifestantes que eles deveriam repensar a posição votada anteriormente de não permitir o livre exercício da imprensa no Plenário, proibindo que câmeras ficassem ligadas e que transmissões ao vivo fossem feitas, o que gerou desconforto entre os jornalistas, que se retiraram do local.

O vereador Paulo Pinheiro (Psol) disse que o comando da PM informou que uma comissão de negociação qualificada, incluindo um coronel especializado em negociações, está a caminho da Câmara para conversar diretamente com os manifestantes para tentar encontrar uma saída pacífica.

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PM entra na negociação

O coronel Mauro Andrade, do Grupamento de Policiamento de Proximidade com Multidões, também foi à Câmara de Vereadores para estabelecer uma negociação com os manifestantes. Uma das primeiras medidas determinadas por ele foi a redução do número de policiais militares que estão na Câmara.

Depois de uma longa votação, os manifestantes não permitiram a entrada de Andrade no Plenário, mas destacaram uma comissão negociadora, que se reuniu no segundo andar.

Agência Brasil
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