O Rio Grande do Sul, que ainda se recupera de enxurradas e de um vendaval que ultrapassou os 120 km/h na semana passada, registrou na última noite mais uma tempestade de granizo que deixou estragos em dezenas de cidades. Em Santiago, que ainda se recuperava da chuva de granizo da última semana, as pedras de gelo chegaram ao diâmetro de ovos de galinha.
O estoque de lonas e telhas da cidade acabou e municípios vizinhos precisaram ser acionados para dar conta da demanda. Em Venâncio Aires, cerca de 35% da produção de tabaco foi afetada e as perdas apenas no setor agrícola chegam na casa dos R$ 60 milhões. Até agora, 63 cidades estão em situação de emergência em virtude das chuvas.
O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, está em Brasília e tenta conseguir recursos para recuperar a cidade. O decreto de emergência da capital não foi homologado em virtude dos prejuízos não alcançarem as marcas estabelecidas para a liberação de verbas emergenciais. Toda a região das Ilhas de Porto Alegre ainda está embaixo d'água em virtude da cheia do Lago Guaíba, que não consegue escoar o volume excedente em virtude das novas precipitações. O Sul do Estado, na região da Lagoa dos Patos, também sofre com as inundações, uma vez que é o para lá que escoa a água represada no Guaíba.
No total, 26 cidades foram incluídas em um primeiro decreto de emergência coletivo lançado pelo governo Estadual na semana passada e já aprovado por Brasília. Nesta tarde, um segundo grupo de 35 cidades também foram contempladas em um segundo decreto que será encaminhado ao Planalto.