<p>"Eu não estou sem roupa, estou natural. O que não é natural é a gente não ter saúde. O que não é natural é uma atleta se tornar prostituta para sobreviver", disse Betina</p>
"Eu não estou sem roupa, estou natural. O que não é natural é a gente não ter saúde. O que não é natural é uma atleta se tornar prostituta para sobreviver", disse Betina
Foto: Twitter / Reprodução

No final da tarde desta quinta-feira, uma mulher foi vista caminhando nua pela Terceira Perimetral, movimentada via de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Um repórter da RBS, filiada da TV Globo na região, conseguiu abordá-la durante o percurso e a questionou sobre sua ausência de roupas. Revelando ser ex-lutadora de MMA, ela, que disse se chamar Betina, contou que se tratava de um "desabafo". 

"Eu não estou sem roupa, estou natural. O que não é natural é a gente não ter saúde. O que não é natural é uma atleta se tornar prostituta para sobreviver. O que não é natural é uma prostituta que devia ser rica virar sem-teto", disse. "Isso é um desabafo para mostrar que sou MMA. Eu era lutadora. No MMA, eu tinha oportunidade de revidar, porque eu estou preparada para estar lá. Eu sei o que vai vir pela frente. Agora, eu não tenho a mínima condição de contar com o meu governo. Sem segurança, sem alimento, sem moradia. Então, eu queria fazer um protesto à presidenta Dilma", completou.

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"Eu acho normal sair sem roupa por que eu sou saudável, sou bonita. Se eu saísse na Sexy, na Playboy ou se estivesse dançando em um clube, iam pagar para ver. Mas por que é de graça e no meio da rua é feio? O esporte fez o meu corpo e salvou minha vida. A violência e a falta de segurança me destruíram. O que eu podia fazer por mim eu fiz. E agora? Quem vai fazer mais? Não confio em mais ninguém", finalizou. 

Perguntada pelo repórter sobre os machucados em seu rosto, Betina disse, por fim, que "apanhou de uma amiga".

Na quinta-feira passada (30), outra jovem foi detida ao correr nua no Parque Moinhos de Vento, o "Parcão". Na ocasião, ela foi encaminhada pela Brigada Militar a uma clínica psiquiátrica. 

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Fonte: Terra
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