RS: José Ivo Sartori inicia governo suspendendo pagamentos

"A previsão para este ano é de ter um déficit de mais de R$ 5,5 bilhões”, afirmou o secretario da Fazenda, Giovani Feltes

1 jan 2015 - 13h12
(atualizado às 13h45)
<p>José Ivo Sartori (PMDB)</p>
José Ivo Sartori (PMDB)
Foto: Liana Pithan / Terra

Para conter as dificuldades financeiras do Estado do Rio Grande do Sul, o governador José Ivo Sartori (PMDB) inicia seu mandato com um decreto que suspende pagamentos de fornecedores por 180 dias, além de restringir novos contratos, contratações e o pagamento de diárias, em uma espécie de moratória, justificando que o Estado gasta mais do que arrecada.

“É obrigatório, porque é absolutamente necessário, é imperioso. O Rio Grande do Sul queimou todas as suas possibilidade de buscar dinheiro para financiar os seus déficits ou gastou mais do que arrecada, o que vem acontecendo nos últimos anos, então o volume da despesa prevista não cabe dentro da receita. A previsão para este ano é de ter uma déficit de mais de R$ 5,5 bilhões”, afirmou o secretário da Fazenda, Giovani Feltes.

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Ele detalhou que não se trata apenas de suspender por 180 dias o pagamento dos fornecedores: "É uma forma de finalizar a contenção de gastos necessária e não é só em relação de restos a pagar, aponta caminhos e limitações para reduzir o custo da máquina, em relação a contratos, a contratações, a gastos com passagens, com diárias”.

Para dar uma ideia do impacto, citou uma matéria publicada recentemente pelo jornal gaúcho Zero Hora que aponta que os gastos com diárias na gestão de Tarso Genro (PT) dobraram de tamanho em relação ao governo anterior.

Sartori adotou ainda a promessa de diminuição de Cargos Comissionados, conhecidos como CCs, e diminuição do número de secretarias, que passou de 27 para 19. De acordo com o chefe da Casa Civil, Márcio Bolchi, a nova estrutura reduzirá os gastos do governo em 30%.

Ao mesmo tempo, no dia 18 dezembro, data na qual foi diplomado governador pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul, Sartori evitou criticar o aumento a aprovação do aumento dos salários de deputados, secretariado e do chefe do Executivo estadual, dizendo apenas que era uma prerrogativa do Legislativo, dizendo ainda que o salário de um secretário era baixo.

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Fonte: Terra
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