Um grupo de presos alocados na carceragem superlotada da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Canoas, no Rio Grande do Sul, foram transferidos nessa segunda-feira após atearem fogo na cela. O fato foi registrado ainda na noite de domingo, quando os detentos incendiaram o espaço e ameaçaram matar eventuais novos detentos. Sete homens foram transferidos, cinco para o presídio de Montenegro e dois para o Presídio Central, em Porto Alegre.
Uma agente da Susepe acabou precisando de atendimento médico, após inalar fumaça. A situação de superlotação nas celas das delegacias de polícia já faz parte da rotina do sistema prisional gaúcho, gerando inclusive a detenção de suspeitos em viaturas da Brigada Militar. O uso de contêineres metálicos para manutenção provisória de presos para triagem já está sendo cogitado, tamanho o inchaço das cadeias gaúchas.
Além da Brigada Militar, a Polícia Federal também já está custodiando presos na região Metropolitana de Porto Alegre. Ainda em outubro, um preso chegou a aguardar por quase três dias em uma viatura da polícia. Nas celas das delegacias, detentos estão sendo algemados do lado de fora por falta de espaço.