A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) optou por adiar o reajuste de 5,44% nas tarifas de água e elevou para R$ 900 milhões o corte no orçamento deste ano. Acionista majoritário da empersa, o governo do Estado teme que o aumento da conta de água, combinado com a possibilidade de adoção formal do racionamento, provoque desgaste político. As informações foram publicadas no jornal O Estado de S. Paulo. 

Definido na semana passada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo (Arsesp), o índice de reajuste foi publicado na sexta-feira no Diário Oficial do Estado. O aumento pode ser aplicado a partir do dia 11 de maio, mas, em comunicado divulgado aos acionistas na noite de quinta-feira, a Sabesp afirmou que elevará as tarifas de água "em data oportuna até, no máximo, o final de dezembro de 2014". 

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A Arsesp liberou o adiamento do reajuste por causa da grave crise de escassez hídrica do Sistema Cantareira, que abastece 47% da Grande São Paulo, e do plano de desconto de 30% na conta para estimular seus clientes a economizar ao menos 20% o consumo de água. "A Arsesp concede assim à concessionária, que vivencia difíceis problemas conjunturais em razão de força maior, a flexibilidade para que, em uma situação de grave escassez hídrica, possa ajustar seus preços e práticas de mercado que visam a preservar o abastecimento de água", informa a agência.

A Sabesp, após decidir pela não aplicação imediata do reajuste, anunciou um corte de R$ 900 milhões nas despesas e nos investimentos previstos para este ano. O valor é 28,5% maior do que o contingenciamento de R$ 700 milhões anunciado em 31 de março pelo diretor de Finanças e de Relações com Investidores da empresa a acionistas.

Fonte: Terra
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